Lubango - A origem do meu avô paterno José Pereira Bravo da Costa parte do Golungo Alto, segundo a história.

Fonte: Facebook

O Zé-Pedro (Estevão José Pedro Katchiungo) é um dos xarás do meu avô. É o terceiro filho da minha tia, irmã mais velha do meu Pai. Tal como o falecido Gen. Kalias (Elias Malungo Bravo da Costa) que era o irmão mais novo do Zé-Pedro.

 

Por isso, fico muito triste, quando me dizem que o Zé-Pedro está também envolvido nesta campanha estúpida do racismo contra o ACJ.

 

Pelo lado do nosso avô José Pereira Bravo da Costa também somos de origem mestiça. Não vejo esta lógica do preconceito racial que alimenta estes nossos irmãos.

 

Tudo quanto sei, no tempo colonial, as pessoas eram movimentadas em função do seu trabalho ou de certas oportunidades de negócios de norte a sul ou de sul a norte e o meu avô veio parar para cá ao longo do corredor do Lobito (talvez mais pelas vantagens econômicas então oferecidas do CFB) e caiu nos encantos da minha avó paterna, que era de origem de uma das famílias reais do Mbalundu, aí eles se casaram e tiveram 4 filhos, que são: Elias Malungo Bravo da Costa (o xará do falecido Gen. Kalias); a D. Rosalina Chilombo Bravo da Costa (a mãe do Zé-Pedro e do falecido Kalias), o nosso tio Virgílio Kapitia Bravo da Costa e o meu Pai, Álvaro Katchiungo Bravo da Costa.

 

O meu pai, Álvaro Katchiungo Bravo da Costa foi o último filho deste casal de José Pereira Bravo da Costa e de Domingas Chipuko Bravo da Costa.

 

Esta coisa dos partidos atingiu todas as famílias angolanas, por isso é que é mister trabalharmos para a real reconciliação da família angolana.

 

As nossas relações familiares estão acima dos partidos políticos.

 

Tudo quanto sei, a minha família dos Bravos da Costa, dos Pereiras Bravo e dos Bravos da Rosa, são uma das famílias pioneira no nacionalismo angolano e entre eles se destaca o nosso famoso avô, o velho Lopo Bravo da Costa (Songamazo), de quem ouvimos falar história incríveis de como ele era especialista em enganar os brancos, e ouvíamos tais histórias com muito orgulho.

 

Devíamos continuar a inspirar e orgulhar outras gerações e não travar o progresso de Angola, só porque queremos alimentar este estúpido orgulho nacionalista ou nativista, fundado em preconceitos regionais, étnico-tribais e raciais.

 

Eu sinto-me tão kimbundu como umbundu, tenho orgulho de todas as minhas origens.

 

E os meus parentes do MPLA ou da UNITA são todos meus parentes acima de qualquer partido político.”

 

UBUNTU Universal, irmãos!...

Etu mudyetu... Sds.