Luanda - Quando o Gabinete de Acção Psicológica, O SINSE, Casa de Segurança do Presidente da República e o próprio MPLA decidiram entrar numa jogada suja e sem volta de combater Adalberto Costa Junior até a exaustão e por sua vez, usar Militantes infiltrados na UNITA para Impugnarem o XIII Congresso não se deram o mínimo de oportunidade para reflictirem sobre as consequências desta Acção em desfavor para o próprio Partido no Poder, ou seja, para além de ter catapultado a imagem de Adalberto Costa Junior e a sua UNITA, e em contrapartida ter colocado o MPLA e o João Lourenço numa posição de desvantagem de perca de Popularidade acentuada, este acto acima de tudo, criou aqui um ambiente de Jurisprudência, ou seja, a partir daquele data compreendeu-se que todas as vezes que um Militante seja de qual Partido for ver os seus interesses lesados a nível da Organização Política que faz parte poderia muito bem recorrer ao Tribunal Constitucional para repor os seus Direitos e defender os seus Interesses lesados e de facto a anulação do XIII Congresso da UNITA seria ou serve como base de matéria para os Juízes e lesados para cada caso em concreto, - ou seja, anulação do XIII Congresso da UNITA foi feita as expressas sem se ter o mínimo de cuidado que seria um Perigo para o próprio MPLA, ou melhor, esta anulação é transversal ao Galo Negro, ela representa o teste a seriedade do nosso Sistema de Justiça, representa o catapultar da imagem de Adalberto Costa Junior e da UNITA, representa o beliscar da imagem de João Lourenço e o MPLA, representa a medição do índice de Democracia dos nossos órgãos da Comunicação Social Públicos e acima de tudo, representa a criação de um novo Paradigma Político Jurídico em que o Tribunal Constitucional é o principal actor a ser colocado a prova como nunca antes visto.

Fonte: Club-k.net

Portanto, o Engenheiro António Venâncio entrou hoje com uma Acção Cautelar Junto do Tribunal Constitucional para Impugnação do VIII Congresso do MPLA e isto significa muita coisa, ou melhor, isto é mais do que uma Impugnação, é de todo um acto de avaliar a nova Juíza Presidente do Tribunal Constitucional que até então era Membro do Comité Central e que foi indicada ao Tribunal Constitucional para impugnar o XIII Congresso da UNITA já que o seu sucessor não quis entrar em tal jogada suja e o que ela não esperava na altura se calhar é que um dia veria-se obrigada a estar na posição de ter que Impugnar e anular o VIII dos Camaradas, Partido que a viu crescer, porque diferente do Congresso da UNITA já anulado que não tinha matéria suficiente para o efeito, o do MPLA não tem nada para não ser anulado, ou seja, Eu ao longo de algum tempo para cá pra quem tem me acompanhado e com provas mostradas eu sempre disse que este Congresso dos Camaradas era passível de ser anulado por conta das várias irregularidades assustadoras verificadas e se houver seriedade, responsabilidade e comprometimento com a verdade e a Justiça por parte do Tribunal Constitucional, o VIII Congresso sem sobras de dúvidas será anulado, ou melhor já era.

As irregularidades do VIII Congresso começaram já na pré campanha em que violou-se claramente o princípio da igualdade e tratamento entre os concorrentes por parte da Comissão Organizadora, isto é, favoreceu-se absurdamente apenas um Candidato, João Lourenço, todos os Secretários Provinciais, Municipais, Comunais e outros foram usados e usaram os meios do Partido para fazerem Campanha a favor deste enquanto que o Engenheiro António Venâncio esteve por conta própria. O Engenheiro foi bloqueada na Impressa Pública. Determinados Militantes a nível do País foram coagidos e ameaçados a não fazerem parte das listas do Engenheiro António Venâncio sob pena de sofrerem retaliações. Houve Campanha contra a Campanha do Engenheiro António Venâncio e uma delas até foi do Primeiro Secretário Provincial do Partido em Luanda, Bento Bento, em que dizia abertamente que não iriam aceitar Camaradas que não são conhecidos no seio do Partido concorrer a Liderança do MPLA. Outro aspecto, de grande relevância e que pode ser usado como matéria para Impugnar este Congresso é o facto do Candidato e Presidente Cessante João Lourenço ter sido juíz na sua própria causa, Arbitro e Jogador, ou seja, em sede da última reunião do Bureau Político que o mesmo dirigiu, um dos pontos foi estranhamente analisar a sua Candidatura e que o mesmo aprovou-na, isto de facto é uma aberração porque se estão lembrados O XIII Congresso da UNITA foi anulado pelo Tribunal Constitucional porque segundo este Tribunal, o facto de Adalberto Costa Junior não ter entregue a tempo a renuncia da sua Nacionalidade Portuguesa e tendo sido prorrogado o prazo de entrega pela Comissão Política representou um acto de favorecimento ao ACJ em relação aos demais Candidatos e que a Comissão Política não tinha legitimidade para o efeito por ter cessado as suas funções, assim do mesmo jeito pode se dizer do MPLA, ou seja, nesta altura com excepção da Comissão de Mandatos e da Comissão Eleitoral ninguém tem mais legitimidade e nem legalidade tão pouco João Lourenço que enquanto Candidato não devia ser ele a validar a sua Candidatura mas sim uma outra figura.

Contudo, o tiro saiu pela culatra e é o que dá fazer as coisas sem pensar, agora o MPLA terá que lidar com os seus próprios fantasmas. E já agora, aqui vai o meu total apoio e solidarizo-me com o Engenheiro António Venâncio e espero que venha a vencer esta batalha, pelo que, esperamos uma Postura Republicana e Imparcial por parte do Tribunal Constitucional e que não entenda que só o Congresso da UNITA é que deve ser anulado.

= Osvaldo Tchingombe = Sociólogo Independente & Comunicador/Analista Político..."Salúte"..