Luanda - O actual presidente do MPLA João Lourenço no seu discurso de encerramento do oitavo congresso Ordinário do MPLA, adiantou que a fome é um “fenómeno relativo” e consequência do pouco poder de compra dos nossos cidadoes como resultado do alto índice de desemprego. Perante esta “tamanha aberração técnica” é oportuno rever algumas defincoes básicas sobre economia e finanças em linguagem comum:

Fonte: Club-k.net

As principais causas do desemprego segundo os manuais sobre economia e financas estão relacionadas com os aspectos económicos, sociais e políticos, como: crise económica; redução de postos de trabalho; falta de qualificação profissional.


Portanto, em linguagem "terra a terra" o paragrafo acima transcrito subentense que se o “João” perder o emprego, porque o governo executou decisões políticas que causou o encerramento da empresa em que trabalhava automaticamente o poder de compra do “João” reduzirá até atingir o poço/fome e depois a morte.


Por outras palavras, desemprego, poder de compra e inflação são fenómenos interligados, logo se o « JOÃO » continuar desempregado estará fora do mercado e sem capacidade de ou poder de compra que o conduzirá automaticamente para fome.


Para terminar, e num linguajar simples« a fome não é um fenómeno relativo», porque existem ferramentas que permitem conclusões concretas. Por exemplo, se o governo avaliar este fenomeno com precisão os estudos concluirão que o nível de desemprego esta associado a outras variantes como população e total da produção nacional interna é possível avaliar o nível da pobreza e fome numa nação.


É uma aberração técnica, para um líder de uma nação com conselheiros técnicos ignorarem a relação que existe entre estas variantes e factores económico-políticos estudados no ensino primário. Admitir que o poder de compra da população é muito baixo e que o alto nível do desemprego é a causa principal mas por outro lado, pretender ignorar a realidade com protestos técnicos sem suporte académico como « a fome um factor relativoo em Angola e classificar a fome em Angola como uma “musica dos adversários políticos” é simplesmente falta de maturidade política ignorar as sondagens, estatísticas e ocorrências diárias em toda Angola.


A fome em Angola é real e não relativa, advogam os jornalistas e economistas nas redes sociais que para reforçar a tese da fome real publicaram vídeos da população a recorrerem às lixeiras para conseguir algo para combater a fome e gráficos estatísticos exibindo o crescimento galopante da fome em Angola nos últimos quarto anos.