Lisboa - O antigo director adjunto do serviço de inteligência Externa (SIE)  da “era Miala”, Coronel Miguel Francisco André terá sido chamado para integrar “discretamente” uma delegação enviada a Kinshasa, na passada semana,  propositada a procurar entendimento entre os dois países vizinhos, na base de uma missiva do Presidente, José  Eduardo dos Santos, ao qual foram portador.

 

Fonte: Club-k.net

Miguel André  em Kinshasa

O “caso Congo” é um  dossiê que a antiga  direcção  do SIE acompanhava com exclusividade. Fernando Miala, segundo interpretações, em meios de inteligência, não terá sido chamado devido ao seu estado de saúde, razão pela qual o regime optou pelo seu  ex adjunto já  em liberdade desde Abril passado.

 

A delegação oficial  que deslocou se ao congo, foi chefiada pelo Vice Ministro das relações exterior, Jorge Chicoty, pelo Vice Ministro do Interior, General Dinho Martins e pelo Chefe adjunto das FAA, General  Sachipengo “Nunda”. A parte da “inteligência” terá sido representada por Miguel André que terá viajado discretamente numa outra aeronave.

 

Analise da situação

 

Analise pertinente sobre a situação aponta que a reação das autoridades congolesas deveu-se em parte a expulsão de forma não humanista que os serviços de imigração de Angola procedeu contra os seus cidadãos. Em reação, as autoridades do congo  aprovou uma moção que determina a  “retaliação”  dos emigrantes angolanos naquele território.

 

Angola é tida,  como estando a se apresentar de vitima. Foi verificado que os órgãos de  comunicação do governo lançaram uma propaganda acusando  o parlamento congolês de ter aprovado tal decisão de expulsão. De acordo com uma reposição dos factos,  a aprovação foi feita pelo parlamento da província do Baixo congo que  funciona de forma autônoma sem dependência do Presidente Kabila. O Presidente Kabila, segundo, analise da situação, terá agora  de negociar com o governo autárquico do Baixo Congo no sentido de cancelar o determinado.

 

A situação esta a criar um sentimento “anti Angola”, naquele país vizinho. Um “assigment” conclui que Angola tem colaborado em parte ou involuntariamente para o alastramento deste sentimento. De acordo com referencia, em documento qualificado,  a TPA, no seu noticiário em Língua Nacional Kongo, emitido no dia 15 de Outubro do corrente ano, as 12h30 descreveu os cidadãos congolenses de forma pejorativa tratando-os por “vilões”, numa comparação aos imigrantes angolano no Congo, ao qual o noticiário da televisão angolana exemplificou como emigrantes que se portam de forma “exemplar”.

 

No circulo restrito do regime de Kabila persistem rumores segundo as reservas do regime de JES esta associada também a   episódios subseqüentes a quando ao assassinato do M'zee Kabila “pai”. Na altura  Angola foi surpreendida com a escolha de Joseph Kabila como sucessor do pai, num  momento  que segundo argumentam ,  o regime angolano se preparava  para manifestar apoio ao coronel Eddy Kapend para sucessão presidencial naquele país.