Lisboa – A Comissão Nacional Eleitoral de Angola (CNE), está em vias de anunciar a espanhola INDRA, como vencedora de um discreto concurso que realizou no passado mês de Dezembro. A SMARTMATIC, a segunda concorrente e considerada como uma das melhores no fornecimento de tecnologia eleitoral, em todo mundo, foi eliminada do referido concurso.

Fonte: Club-k.net

Segundo apurações a Smarmatic foi eliminada do concurso por alegado “erro no selo do pacote documental”. A referida empresa tentou comunicar a CNE que estava disponível a corrigir ou voltar a submeter todo o processo para cumprir com o selo lacrado nos envelopes, mas foi ignorada.

Com o sucessivo, a INDRA acabou por concorrer sozinha violando o princípio da concorrência. Há consistentes relatos de “insiders”, indicando que a INDRA favorecida neste concurso negociando directamente com a CNE.

A INDRA trabalha para com a CNE desde as eleições de 2008. Internacionalmente tem a reputação de ser especialista em fraude eleitoral ajudando regimes autocráticos da américa latina a ganharem eleições por via da manipulação dos resultados. A INDRA tem enfrentado processos por estas práticas de subversão.


O general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior que conduzia muita das operações eleitorais envolvendo a INDRA, terá sido chamado pelo Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, para ajudar em “futuros trabalhos”, que se estimam serem de ordem eleitoral.


Em 2017, a INDRA voltou a ser contratada pelas autoridades angolanas para a mesma finalidade já exercita no passado. Diferente aos pleitos anteriores, os resultados eleitores consagrando vitoria ao MPLA foram primeiro anunciados na sede do partido no poder e dias depois “reconfirmados” pelo CNE.


Um ano depois da eleição do Presidente João Lourenço, a INDRA foi multada pela Agência Tributária de Espanha no âmbito de uma investigação pelo pagamento de comissões ilegais de 2,4 milhões de euros, efectuado no âmbito das presidenciais de 2012, em Angola. As suspeitas segundo dados do jornal El Confidencial, envolviam também operações ligadas as eleições de 2008, onde um dos irmãos do Ex-Presidente da República de Angola foi apontado como beneficiário de fundos.


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