Lisboa – A recente exoneração de Esteves Carlos Hilário, do cargo de Director do Gabinete Jurídico e de Intercâmbio do Governo Provincial de Luanda, está a ser aliada a atritos que se registraram entre o mesmo e a governadora provincial, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, que se acentuaram depois de ambos terem ascendido na alta estrutura do MPLA, após a realização do último congresso, de Dezembro.

Fonte: Club-k.net

De acordo com cruzamento de dados, a governadora terá adoptado uma postura de rejeição de pareceres jurídicos que Esteves Carlos Hilário foi dando baseando-se em anomalias que foi notado. Por seu turno, uma outra versão atribui a governadora a identificação de um alegado “desleixo no exercício do cargo” por parte do antigo director do gabinete jurídico.

 

A nível partidário Esteves Carlos Hilário, tornou-se membro do BP do MPLA, no último congresso e a governadora Ana Paula de Carvalho, ascendeu ao Comité Central. De acordo com fontes do Club-K, no regime angolano há o procedimento não oficial, de que a exoneração de um membro do BP que exerce funções no aparelho de Estado, deve ser seguida de uma comunicação antecipada a alta estrutura na pessoa da Vice-Presidente do MPLA.

 

O MPLA, segundo apurações não recebeu nenhum notificação previa sobre o afastamento de Esteves Carlos Hilário. Segundo fontes do Club-K, a governadora de Luanda, recusa tais argumento invocando que o facto de alguém ser membro do BP do MPLA, não a obrigada comunicar o partido sobre a exoneração. A tese de atribuída a governadora Ana Paula de Carvalho, é de que o “partido é partido, governo de Luanda é outra coisa”, e que as nomeações no GPL são da sua exclusiva responsabilidade.

 

Esteves Carlos Hilário foi substituído no cargo de Director do Gabinete Jurídico e de Intercâmbio por Fernando Clélio Ferreira Torres, antigo director do Comércio, Hotelaria e Turismo do Governo Provincial do Huambo. Desde a saída de Esteves Carlos Hilário que arrastou igualmente, o Director do Gabinete de Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana, Filipe Serafim Cumandala, surgiram reclamações segundo as quais aquele antigo responsável terá mostrado resistência em entregar as chaves do gabinete e os meios dados em função do cargo., que exercia.