Lisboa - A ministra das finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, está sendo alvo de reparos internos baseado no argumento de que a sua liderança tem sido marcada com “exonerações sem prévio aviso” irritando os gestores de diferentes departamentos do órgão que tutela.

Fonte: Club-k.net

Acusam-na  de exonerar sem previa comunicação 

Há poucos dias exonerou o PCA, da Conselho de Administração da Administração Geral Tributaria (AGT), Cláudio Paulino dos Santos, sem o ter informado que o afastaria do cargo, agora exercido por José Vieira Nuno Leira.


De acordo com uma cronologia de acontecimento, as “exonerações sem prévio aviso” terão começado com antigo PCA da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), Aguinaldo Jaime que soube que perdeu o cargo pelas redes sociais, quando se encontrava no Brasil, de ferias. 

 

Indignado pela forma que foi tratado, Jaime recorreu às redes sociais para partilhar uma nota comunicando que “Eu estou bem, “rijo”, e não posso dizer que tenha sido apanhado totalmente desprevenido, uma vez que o meu mandato já tinha terminado em 7 de Novembro do ano passado. O que me indignou, neste processo, foi ter sabido da exoneração pelas redes sociais! Não é assim que se tratam as pessoas!”.


A exoneração de Aguinaldo Jaime foi vista na altura como uma atitude de Vera Daves em distanciar-se de “barões” conotados ao seu antecessor Archer Mangueira. No inicio de 2020, Vera Daves voltou a “mexer” na rede ligada ao seu antecessor, afastando desta vez, Silvio Franco Burity do cargo de Presidente do Conselho de Administração da Administração Geral Tributária. Ao contrario de Aguinaldo Jaime que não foi informado, o ex-PCA da AGT, encontrava-se numa reunião do conselho quando o chamaram para ser comunicado que estaria dispensado do cargo, e substituído por Cláudio Paulino dos Santos.


Em fevereiro de 2021, Vera Daves propôs ao Presidente da República a exoneração do seu então secretario de Estado para as Finanças e Tesouro sem previa comunicação ao visado. Interrogada na altura por gente do seu gabinete, ministra alegava “surpreendida” com a exoneração.