Lisboa – As autoridades são citadas em meios diplomáticos no medio oriente como tendo decidido em não reconhecer tão cedo, o futuro embaixador de Israel para Luanda, por este país, não ter atendido a um pedido visando o cancelamento de um visto de viagem que o Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, requereu no passado mês de Janeiro na embaixada de Israel em Angola.

Fonte: Club-k.net

Luanda teme que UNITA  contacte especialistas anti-fraude eleitoral 

Em Janeiro passado, Adalberto Costa Júnior comunicou por escrito ao Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” a cerca do itinerário da viagem que faria ao exterior, conforme mandam os regulamentos do parlamento quanto aos deputados. A carta fazia alusão que viajaria também para Israel, depois de lá ter estado a menos de um mês (antes da quadra festiva).

 

Informados de que aquele político estaria a viajar para alegados contactos com uma empresa Israelitas especialista em “vigilância eletrónica” para apoios em “frenagem de fraudes eleitorais”, as autoridades angolanas moveram, em vão, influencia junto de competentes entidades junto do ministério dos negócios estrangeiros de Israel afim de que o visto dado ao Presidente da UNITA, fosse anulado.

 

Ao tomarem conhecimento que Costa Júnior chegou a viajar para aquele Estado e que o visto foi lhe dado no mesmo dia, a 11 de Janeiro, pela Embaixada de Israel, em Luanda, o regime angolano, segundo fontes do Club-K, sentiu se “não correspondido” tendo emitido sinais de que avançaria pelo retardamento do processo de acreditação do futuro embaixador Shimon Solomon que Jerusalém nomeou para Angola.

 

Até poucos meses o embaixador de Angola em Israel, era Oren Rozenblant, que ao cessar funções foi recebido em Fevereiro de 2021, pelo Presidente João Lourenço para apresentação de cumprimentos de fim de missão. Nos últimos meses, a embaixada em Israel em Luanda, esteve a ser conduzida por um encarregado de negócios que foi a pessoa que concedeu o visto ao líder da UNITA.

 

De acordo com informações do conhecimento do regime angolano, este encarregado de negócios assim que recebeu o pedido de visto de Adalberto Costa Júnior, comunicou ao seu país, e uma “importante” entidade do ministério dos negócios estrangeiro de Israel não só autorizou como orientou que dessem o visto no mesmo dia. As autoridades angolanas terão encarado a démarche como uma desfeita de Israel, que é um dos seus principais parceiros em questões de segurança. Paralelamente, as “chantagens” do regime de João Lourenço, Israel retirou o seu diplomata de Angola.


No primeiro dia de Fevereiro, a presidência angolana anunciou que, João Lourenço, e o Presidente de Israel, Isaac Herzog, conversaram por telefone nesta e passaram em revista o estado das relações bilaterais. No contacto, segundo a presidência, os dois Estadistas fizeram, também, uma análise da situação em África e no Médio Oriente, regiões em que estão inseridos os respectivos países.

 

IMAGENS DE LÍDER DA UNITA EM JERUSALÉM IRRITAM REGIME

 

O Blog “TribunadeAngola.org”, associado ao regime por se empenhar na marginalização da imagem dos opositores políticos, alega que o líder da UNITA viajou para contactos com a consultora Adi Timor, especializada em campanhas eleitorais digitais.


A consultora Adi Timor, terá ajudado o Presidente do Malawi, presidente Lazarus Chakwera, a vencer as eleições de junho de 2020. Na versão do blog regime angolano, a referida consultora formada por antigos especialistas da Mossad, poderá “usar” a UNITA para fazer “agitação e subversão digital”.


“Adalberto da Costa Júnior contratou Adi Timor, uma israelita especialista em campanhas eleitorais digitais. Há uma intervenção crescente de antigos agentes da Mossad nas eleições africanas, de forma pouco transparente e não condicente com os parâmetros de transparência exigidos”, lê-se do portal do regime angolano.

 

A viagem a Israel, foi aproveitada pelo Presidente da UNITA, para fazer uma visita histórica ao Muro das Lamentações, um local sagrado e de grande relevância religiosa.

 

Numa tradição que remonta há vários séculos, presidentes da República e altos dignitários internacionais visitam o Muro, fazem orações no local e depositam nas reentrâncias das pedras, pedidos escritos em papel.

 

Após uma breve oração, Adalberto Costa Júnior depositou um pedido: “Que Deus proteja Angola e proporcione Paz e Felicidade para todas as famílias angolanas.”

 

A oração do político terá irritado brigadas digitais do regime que fizeram do episódio, o tema de final de semana.