Lisboa – Faleceu na passada quarta-feira, 16, vitima de doença, na capital portuguesa, o nacionalista angolano Carlos  Oliveira Madaleno, que no passado destacou-se na implementação do MPLA, em Luanda, e que mais tarde se tornou ligado ao Presidente Agostinho Neto.

Fonte: Club-k.net

Antigo quadro do MPLA, o malogrado Carlos Oliveira Madaleno, que contava 80 anos de idade, era filho de Carlos Ferreira Madaleno, um antigo funcionário da antiga Camara de Luanda, que esteve colocado como fiscal do antigo mercado do Kinaxixi, construído da década de 50, em Luanda. O filho seguiu-lhe os passos no ramo empresarial e ao momento tempo aderiu aos movimentos que após do “25 de Abril” se tornaram responsáveis pela aceitação do MPLA, na periferia de Luanda (Rangel), testemunhando o recrutamento de jovens de então como António José Maria, Nito Teixeira, Raúl Hendrick, e outros, que nesta altura haviam aderido o movimento liderado por Agostinho Neto.



A convite de Agostinho Neto, Carlos Madaleno integrou o primeiro grupo de nacionalistas que em 1974, viajou para capital da Zâmbia, Lusaka, onde o MPLA, esteve a organizar o seu primeiro congresso. Em Lusaka, visitou o quartel do MPLA “Vitoria é Certa”, tendo ai se cruzado com outros nacionalistas como Mac Mahon, David Silas, Henrique da Silva “Onambwé”.


Foi também neste ano que o seu grupo de nacionalistas, na qual se incluía o comandante “Kinjinji” responsabilizaram-se pela constituição das primeiras comissões de bairro, de alfabetização, e postos médicos, com a ajuda da médica, Zeze Cohen. Carlos Madaleno estava baseado no município do rangel, destacando-se como membro ativo ligado a base do MPLA, na chamada rua da Dona Amália no Rangel.



Na sequencia dos acordos de alvor entre os três movimentos em Portugal, Carlos Madaleno, fez parte da equipa que foi ao aeroporto de Luanda, receber o Presidente do MPLA, Agostinho Neto que regressara definitivamente do exílio. Com o proclamar da Independência , Carlos Madaleno, que veria a ser também tratado por “comandante Madaleno”, juntou-se aos grupos armados que serraram barreiras para que Luanda, não caísse nas mãos de um outro movimento que não fosse o MPLA, de Neto.

 

Já na Angola, independente ficou notado como próximo a Agostinho Neto, e a Carlos Alberto de Mac Mahon, com quem privava, como se verifica numa imagem divulgada pelo site “Grandes Noticias”.


De acordo com registros, terá largado a vida política ativa ainda em finais da década de noventa, concentrando-se no ramo empresarial, liderando criando o grupo Maravilha, detentora da notabilizada pastaria maravilha, localizada no antigo mercado do Kinaxixi, em Luanda.


Nos últimos meses, terá se transferido para Portugal para tratamento médico onde acabaria por perder a batalha pela vida. Segundo apurou o Club-K, os seus restos mortais do Comandante Madaleno serão cremados e as cinzas enviadas para Luanda.