Lisboa - O processo de validação do XIII do congresso da UNITA, realizado em dezembro passado, está nas mãos da Juíza do Tribunal Constitucional, Maria de Fátima de Lima de Almeida Baptista Pereira da Silva, que por sinal é esposa do Presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva “Manico”.

Fonte Club-k.net

Maria de Fatima da Silva “Fatinha” é a redatora a quem a Presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Jacinto Prazeres Cardoso confiou a missão de decidir se Adalberto Costa Júnior fica ou não Presidente do partido que em 2020, rejeitou no parlamento que o seu esposo “Manico” tomasse posse como Presidente da CNE, por problema de integridade.


As eleições gerais em Angola serão convocadas em Maio próximo e até ao momento as principais forças politicas tem as suas direções eleitas em congresso, sem estarem validadas pelo Tribunal Constitucional.

 

No passado dia 25 de fevereiro, a Presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Jacinto Prazeres Cardoso reuniu-se com os seus colegas juízes determinando que até próximo mês de Abril, todos os relatores devem concluir os seus trabalhos para feitura dos acórdãos de validação dos mesmos. O MPLA, é um dos partidos cujo processo enfrenta uma impugnação movida pelo militante Antônio Venâncio. O relator é o Juiz Carlos Burity, cotado pela fidelidade ao partido no poder.


O antigo SG do MPLA, Marcolino Moco, em entrevista este final de semana a radio Eclésia acusou o seu partido de criar estratégias por via do TC para afastar Adalberto Júnior da corrida eleitoral , a cinco meses das eleições gerais, por alegadamente temer pelas qualidades politicas do Presidente da UNITA. De acordo com Moco, o que “estes senhores querem é o afastamento de Adalberto”. Segundo Moco, “o que se esta a ser calculado é que todos os congressos voltam para atrás para as direções anteriores, incluindo o do MPLA, só que o do MPLA vai cair nas mãos de Joao Lourenco e o da UNITA , vai cair novamente no Dr Samakuva”.

 

Marcolino Moco faz lembrar que na vez passada a Juíza Presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso foi forçada a anular o congresso da UNITA.