Lisboa – A UNITA decidiu  não tornar público o conteúdo da agenda de contatos que uma delegação encabeçada pelo seu líder Adalberto Costa Júnior, tem estado a efectuar nos Estados Unidos da América (EUA). A medida segundo apurações obedece a dois critérios de prevenção: (1) “para não atrapalhar a estratégia de mobilização de apoios às próximas eleições gerais” e (2) “anular eventuais ofensivas de desinformação” por parte da brigada digital do regime responsável pela campanha contra a imagem do líder do “Galo Negro”.

Fonte: Club-k.net

A viagem do Presidente da UNITA, aos Estados Unidos, foi oficialmente justificada como sendo para o “reforçar a mobilização de apoios ao processo eleitoral, à observação internacional das eleições gerais de Agosto de 2022, num ambiente de tranquilidade, de pluralidade democrática e de transparência”. Segundo apurou o Club-K, Adalberto Costa Júnior reuniu-se com responsáveis de instituições na qual terá encorajado nos trabalhos de observação às próximas eleições em Angola. Os seus contatos estenderam-se igualmente ao congresso por iniciativa da comissão dos assuntos africanos desta “casa das leis”.

 

O entendimento que faz a UNITA, é de que ao divulgar os nomes das instituições e centros de estudos, com quem estabeleceu contatos, facilitaria com que mais tarde as autoridades angolanas rejeitassem endereçar convites as mesmas para observarem às eleições no país. Nas eleições passada, o governo angolano recusou endereçar convites aos EUA e a União Europeia para observarem as eleições no país.

 

A atitude de secretismo da UNITA, face a agenda diplomática do seu líder, terá sido encorajada pelo antecedente da última viagem que o seu líder efectuou a Israel. O regime por intermédio do seu portal “Tribuna de Angola”, produziu uma campanha de desinformação insinuando que Adalberto Costa Jr foi aquele país para estar com instituições próximas a família Dos Santos.

 

Desde que Angola passou a ter eleições regulares, o regime de forma a denigrir a imagem da UNITA junto ao eleitorado, promove em véspera de eleições campanhas contra as suas lideranças. Ao tempo da presidência da Isaías Samakuva, o regime alega que em caso de derrota eleitoral, a UNITA retomaria a guerra. Com a liderança de Adalberto Júnior, a campanha movida é baseada no espalhar de boatos nas redes sociais insinuando que recebe a UNITA, recebe fundos da família de José Eduardo dos Santos para chegar ao poder por via de “arruaças”.