Luanda - Uma delegação composta por 17 empresários franceses interessados em investir em Angola já se encontra na capital do País, Luanda, para avaliar e explorar o ambiente de negócio no sector industrial petrolífero, sendo que na manhã desta segunda-feira (25), participaram do primeiro Fórum Empresarial, “Business Expedition Oil & Gas 2022”, numa das unidades hoteleiras em Luanda.


Fonte: Club-k.net

O evento foi organizado pela empresa Evolen, por iniciativa da Embaixada de França em Angola, com apoio da Business France e da "Total Energies", cujo objectivo visa, entre outros, desenvolver a indústria petrolífera angolana, promover oportunidades de negócios, reforçar laços empresariais no sector, reforçar as economias dos dois países, fornecimento de equipamentos e outras soluções para empresas do sector que operam no País, segundo disse ao Club-K, o director comercial da Embaixada de França em Angola, Nicolas Jouannaux.

“Angola é um principal parceiro na África subsaariana, com a "Total Energies" a manejar metade da produção petrolífera. No âmbito da internacionalização da economia francesa, pretendemos diversificar a economia angolana para além do sector petrolífero. A Total está a construir uma central de energia solar na província da Huíla. A embaixada está também focada no sector da agricultura e da transformação alimentar”, disse.

Já para o director geral da "Total Energies", Olivier Joony, garante que a sua companhia vai continuar a investir no desenvolvimento do sector petrolífero em Angola, assim como em outros sectores que possam promover a diversificação da economia dos dois países, numa altura em que a TotalEgergies assume no País os blocos petrolíferos 17 e o 32, tem três sondas em actividades, com um custo operacional na ordem de 2 mil milhões de dólares por ano.

“Recebemos uma delegação de empresários para conhecer e explorar o ambiente de negócios, onde foi apresentado o plano de trabalho daqui há cinco ou dez anos. Além do gás e do petróleo, falou-se também da transição energética para a redução do gás de estufa e alargar para as energias renováveis. A Total continua a investir no bloco 17 e no bloco 32. Temos a previsão dentro de pouco tempo investir em novos blocos em particular os blocos 20 e o 21 na bacia do Kwanza, onde a Total adquiriu dois blocos ao fim de 2019, numa parceria com a Sonangol, considerado um futuro importante aqui no país", disse o director geral Total Energies ao Club-K.

Por sua vez, o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, considerou o fórum entre a delegação vinda de França com empresários e investidores locais, como sendo um evento de extrema importância no âmbito do desenvolvimento da indústria petrolífera angolana, assim como para outros sectores que venham a interessar a todos que pretendam contribuir para melhorar a economia do País, numa altura em que a produção do petróleo está em declínio.

“Foi apresentado o sector de negócios no âmbito da indústria petrolífera e as possibilidades de negócios que existem. As reformas que o nosso sector tem vindo a sofrer no sentido de melhorar a governação e transparência de competitividade no sector. O período que Angola está a viver actualmente regista um declínio da produção, mas todos os projectos que estão a ser desenvolvidos no país visam a busca de novas reservas e assim atenuar o declínio da produção”, concluiu.