Luanda - O Banco Sol revelou através de um comunicado de imprensa, ter detectado operações suspeitas, realizadas no dia 26 de Março, que culminaram com a conferência de imprensa realizada, dia 12 de Maio de 2022, pelo SIC, Serviço de Investigação Criminal.

Fonte: Club-k.net

Segundo o comunicado, o processo está sob a atenção cuidada das autoridades competentes, tendo sido já arrolados os principais suspeitos, cujos detalhes, naturalmente, “não podemos divulgar, para não comprometer o trabalho de investigação e violar os seus direitos fundamentais, mas podemos assegurar-vos que temos mantido uma estreita colaboração com os órgãos respectivos, com a finalidade de se descobrir a verdade material e consequentemente identificar e responsabilizar civil, laboral e criminalmente todos os elementos envolvidos”, realça.


Apesar de reconhecer existirem algumas fragilidades e vulnerabilidades internas, no caso concreto desta ocorrência, “é importante referir que a mesma só foi possível concretizar-se, devido a conivência de trabalhadores desonestos, que insistem em práticas lesivas à instituição, quebrando procedimentos instituídos”, lamenta.


Relativamente aos clientes cujas contas supostamente terão sido envolvidas nesta fraude, devido ao dever de sigilo bancário e de confidencialidade, o banco diz não poder partilhar os detalhes. “Contudo, importa referir que a maior parte dos valores foram recuperados, perante constatações efectuadas no âmbito dos controlos implementados.



Para terminar, o Conselho de Administração, em nome de toda equipa do Banco Sol, assegura aos seus Clientes que está preocupado com o assunto e reafirma o seu fiel compromisso em continuar a desenvolver esforços no sentido de conferir maior segurança, sustentabilidade económica e financeira à instituição, reforçando os sistemas de controlo interno, aperfeiçoando a gestão dos riscos e melhorando o nível de prestação de serviços e, desta forma, continuar a desempenhar um papel importante no apoio às empresas e às famílias Angolanas”, conclui.



O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou recentemente, a detenção de sete funcionários do Banco Sol, suspeitos do furto de mais de 958 milhões de kwanzas, em Luanda.

 

Os suspeitos, que já estão em prisão preventiva, medida de coacção mais gravosa, aplicada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Luanda, são acusados da prática de crimes de associação criminosa, acesso ilegítimo ao sistema de informação bancária e danos de 958.400 milhões de Kwanzas.

 

Segundo o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC-Luanda, superintendente-chefe Fernando de Carvalho, o crime ocorreu em Março deste ano, quando um dos implicados, de 55 anos, "cabecilha", arquitectou o esquema para furtarem os valores em referência.

 

"O mesmo inventou contactos para obter a password de um colega, gestor de contas e gerente. De seguida, convidou um outro indivíduo, comerciante, e, já com os dados de acesso ao sistema bancário, com outros funcionários bancários e um sub-gerente, em posse de um computador portátil, tiveram acesso ao sistema bancário e transferiram 650 milhões de uma conta que possuía mil milhões de Kwanzas", descreveu.