Lisboa – O vazamento para as redes sociais dos documentos de viagem do Presidente da UNITA, por parte de um funcionário da Segurança de Estado, Carlos Raimundo Alberto, neste domingo (19), foi antecedido por um episódio de retenção dos documentos de Adalberto Costa Júnior, envolvendo funcionários do protocolo de Estado, antes da entrada do mesmo no avião.

Fonte: Club-k.net

De acordo com apurações, Adalberto Costa Júnior que neste dia chegou a Luanda proveniente da província do Cuando Cubango por estrada, deslocou-se, mais tarde, ao aeroporto internacional de Luanda, a fim de seguir viagem de trabalho para os Estados Unidos da América (EUA) via Dubai.

 

Antes da chegada  ao aeroporto de Luanda, o líder da maior força  da oposição  teria despachado,  o  director do gabinete partidário  do protocolo, Domingos Fonseca para proceder com a realização do Check In. Um dos oficiais dos serviços de emigração teria se insurgido com o homem do protocolo da UNITA, alegando inconformidade no visto múltiplo para os EUA. O impasse entre as partes teria cessado, depois de o Presidente da UNITA, ter falado ao telefone com os funcionários dos serviços de emigração explicando que o seu visto estava valido para um período de dois anos.

 

Quando Adalberto Costa Jr, chegou ao aeroporto de Luanda, um responsável do protocolo de Estado, solicitou-lhe, o passaporte e os talões de embarque  para alegadamente conferirem se os vistos estavam  validos, tendo lhe sido entregue já a porta do avião. Suspeita-se que terá sido neste compasso de tempo, que os homens do protocolo, terão levado e fotografado os seus documentos pessoais e enviado para um “comando”, e a seguir remetido para o oficial de Inteligência Carlos Alberto, que, de seguida, espalhou pelas redes sócias.

 

Em declarações a Radio Despertar nesta segunda-feira, o responsável do protocolo da UNITA, Manuel Domingos da Fonseca, insurgiu-se contra o vazamento dos documentos do seu presidente. Vários responsáveis deste partido, tem feito recurso as redes sociais alertando que está acção envolvendo funcionários do Protocolo do Estado; Serviços de Imigração; e Serviço de Inteligência, constitui “uma grave violação do principio da conservação de dados pessoais e põe e risco vários direitos fundamentais consagrados na constituição angolana”.

 

“Em matéria de tratamento de dados pessoais, a legislação angolana diz que a divulgação e acesso não autorizado a dados pessoais transmitidos, constitui crime e é punido com pena de prisão” , referem fontes da UNITA.

 

Entretanto, Carlos Alberto, tem explicado a varias personalidades que agiu desta forma em retaliação ao vazamento dos seus passes da Segurança de Estado que foram também vazados em 2020.