Luanda - A manifestação “anti – lista da UNITA”, realizada esta semana em Luanda, por Rafael Mukanda, da UNITA, tem tudo para ir para história como o exemplo mais brilhante da abertura democrática do governo do Presidente João Lourenço, se comparado ao dos lideres que lhe antecederam no cargo.

Fonte: Club-k.net

Foi a primeira manifestação feita em frente ao portão (cor de rosa) dos Serviços de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), algo impensável há 12 anos quando oficiais desta mesma instituição assassinaram Cassule/Kamulingue por realizarem uma manifestação pelos direitos (subsídios) dos antigos combatentes.

 

Foi a primeira manifestação que as autoridades não se importaram que fosse realizada há menos de 100 metros de um órgão de soberania violando a constituição. Foi a primeira manifestação em que a Policia esteve presente a proteger a violação a lei e seus protagonistas. Os seus autores para além de violarem a lei, tiveram direito a proteção policial, direito a fotografo do governo e cobertura televisiva em que os pudessem falar os minutos que bem entendessem sem terem sido interrompidos ou censurados.

 

Foi algo que até poucos anos era impensável tendo em conta que foi no tempo do antecessor de JL, que a UGP, pela mãos do soldado Desidério Patrício Barros, assassinou a queima roupa, o engenheiro Manuel de Carvalho Hilberto Ganga, por alegadamente ter colocado cartazes a metros de órgãos de soberania. Os cartazes exigiam responsabilização aos autores dos assassinatos de Cassule/Kamulingue.

 

É caso mesmo para dizer que estão acontecer coisas impensáveis. Rafael Mukanda, pode amanha ir a uma Igreja e dar o seu testemunho de ter sido o primeiro suposto opositor do regime a levar as siglas da UNITA, em frente ao portão do SINSE, e que saiu de la vivo.

 

Se o nossos deputados e acadêmicos do MPLA, João Pinto, Fontes Pereira, Kajinbanga, e outros forem a RTP, ou CNN falar sobre a democracia em Angola, poderão citar esta “manifestação histórica” como exemplo que o Governo permite realização de arruaças até mesmo no portão do SINSE, em frente dos tribunais, algo que era impensável na era de JES.

JG