O general “Ita”, que falava numa palestra sobre o tema “FAA, 17 anos na defesa da pátria”, por ocasião de mais um aniversário das Forças Armadas Angolanas, que hoje se assinala, justificou a sua posição com a necessidade da defesa da soberania do país.

“As Forças Armadas Angolanas têm de continuar a ser o baluarte da paz. Por isso, para mim, deve continuar o serviço militar obrigatório para que as FAA garantam sempre a defesa da paz e da soberania nacionais”, advogou.
Segundo Cirilo de Sá, as FAA são um baluarte da paz e têm sobre si um peso que nenhum outro sector da sociedade tem, tendo acrescentado que “fomos nós (os militares) que proporcionámos ao país um clima de paz, de desenvolvimento e confiança em dias melhores”.

O presidente do CEEA admitiu o facto de, normalmente, o orçamento dedicado às Forças Armadas reduzir significativamente em tempo de paz. Apelou, no entanto, para que a direcção das Forças Armadas influencie os órgãos de decisão política a garantirem um orçamento que esteja à altura das exigências das FAA.

Durante a palestra, presidida pelo Chefe do Estado-Maior General das FAA, Francisco Pereira Furtado, o general Ita repartiu o historial das Forças Armadas em três fases, nomeadamente a que ele considera a da infância (que compreende o período entre 1992 e 1994), a da maioridade (entre o Protocolo de Lusaka e os Acordos do Luena, em 2002) e a da idade adulta (que vai até aos dias de hoje).

Decorrida na sala de conferências do Estado-Maior do Exército, a palestra contou com as presenças dos chefes dos estados maiores dos três ramos das FAA, nomeadamente do Exército, Jorge Barros “Ngunto”, da Força Aérea Nacional, Francisco Afonso “Hanga” e da Marinha de Guerra Angolana, almirante Augusto da Silva Cunha “Gugú”.

Fonte: JA