Luanda - O Presidente João Lourenço apresentou, nesta sexta-feira, 8, garantias publicas as filhas de Eduardo dos Santos sobre a ida das mesmas em Angola para participarem nas exéquias fúnebres do pai, mas não apresentou garantias quanto ao regresso das mesmas a Europa.

Fonte: Club-k.net

O Presidente acrescentou na sua intervenção que o foco é a organização das exéquias tendo inclusive criado uma comissão pela sua realização, na qual constam ministros. Nesta comissão inclui também a governadora de Luanda, o que indica que o PR já escolheu o local para o enterro do seu antecessor, e seguramente ser consultar as filhas do malogrado. O governo escolheu Luanda, mas ninguém sabe se de facto JES pediu para ser enterrado na capital de Angola, outra numa outra província, no exterior ou se quisesse ser cremado. Só ouvindo os filhos é que poderemos ter as respostas. Porque não ouvir/consultar Coreon-Dú, que se tornara no mais confidente do pai?


Se no re-enterro de Jonas Savimbi, os filhos foram chamados, consultados e incluídos na comissão das exéquias, porque no caso de JES, não se proceder da mesma fazer a mesma forma, da mesma dimensão e espirito de reconciliação. De contrario vai parecer que até na hora da morte de JES, o governo envolveu-se numa concorrência com as filhas, impondo a sua própria vontade.


Que se procure converter a preocupação politica em preocupação humanitária, para que este funeral não possa fomentar divisão. Somente agora é que o Juiz de Barcelona autorizou autopsia e ainda não se sabe a quem vão entregar o corpo. Se aos filhos ou a governo e a esposa. Não há que ter pressa de enterrar Eduardo dos Santos. Um funeral é evento de unidade e não de divisão. Deve-se respeitar a vontade da familia para se conformar com a vontade de todas as entidades e personalidades que queiram se despedir de JES até a morada final.

José Gama