Lisboa - As autoridades angolanas estarão a condicionar a ida de José Filomeno dos Santos a Barcelona, para se juntar as irmãs, que neste momento estão num “braço de ferro” pela entrega do corpo do pai.

Fonte: Club-k.net

Para além de não lhe devolverem o passaporte, o regime, segundo fontes do Club-K, teme que se o liberarem, estes dias, o mesmo poderá se alinhar na posição das irmãs que s recusam entregar o corpo de Eduardo dos Santos ao governo de Angola, e não mais regressar ao país.

 

Desta forma, José Filomeno dos Santos fica condicionado. Se as irmãs aceitarem colaborar com o governo para a realização de um funeral com as devidas honras de Estado em Luanda, o regime entrega-lhe o passaporte para ele ir a Barcelona ajudar trazer o corpo e se juntar ao enterro em Angola. Garante-lhe um perdão (amnistia) no processo que enfrenta junto da justiça angolana. De contrario nada feito.

 

Quanto as irmãs em Barcelona, o regime despachou uma delegação chefiada pelo Chefe da Casa Militar da PR, general Furtado, a quem analistas como Graça Campos, temem que o discurso belicista desta alta patente militar pode minar as conversações com a familia de Eduardo dos Santos.

 

Segundo Graça Campos, “Despachar” para Barcelona o “falcão” Pereira Furtado não foi uma boa mensagem para as “meninas” de JES. O que se precisa em Barcelona é de enviados com tato, diplomacia, paciência. Tudo, menos de pessoas que simbolizem o “quero, mando e posso”.

 

“Agora muito dado a discursos belicosos, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República não tem o perfil que as circunstâncias requerem”, conclui o director do Correio Angolense.