Lunda - A morte do segundo presidente de Angola em Espanha constitui  sem dúvidas o dossier diplomático mas complexo e delicado do governo de João Lourenço desde que assumiu o poder em 2017.  A transladação do corpo para Angola até ao presente momento tudo indica que será impossível tendo em conta alguns aspectos legais e culturais.

 

Fonte: Club-k.net

JLO: Fracasso nas negociações

Horas apôs a morte de José Eduardo dos Santos, o presidente de Angola João Lourenço, apressadamente formou uma comissão para tratar das exéquias na qual ignorou todos os sinais de uma relação conflituosa que tem com os filhos mais velhos do malogrado. Acima disso, o maior erro foi ter incluido nesta comissão membros do governo  que os filhos consideram de traidores, ingratos com o apelido de bajuladores.


Quer Tchize dos Santos como Isabel Santos em múltiplas ocasiões já se pronunciaram que João Lourenço, não irá tirar dividendos políticos com a morte do «nosso pai ». Logo, uma das possibilidades apresentadas pelas filhas será o enterro após as eleições gerais marcadas para o dia 24 do próximo mês ou assim que João Lourenço sair da presidência do MPLA e do governo.


Dito isto, João Lourenço apesar de enviar múltiplas personalidades a tralharem em comissões « ad hoc» em paralelo para persuadir as filhas o resultado continua a ser - taxativamente - negativo.


Perante todas estas tentativas sem sucesso, João Lourenço, corre o risco de realizar as exéquias fúnebres com honras do estado sem o corpo presente do presidente emerito do MPLA. Caso isto aconteça, a imagem do governo será significativamente beliscada não só a nível internacional como também em Angola.


Em resumo, o desaparecimento físico de José Eduardo dos Santos em Barcelona, será o epicentro, - legado -, e marco histórico da governação de João Lourenço. Consequentemente, este assunto será igualmente um tema para estudo científico para os nossos académicos em diferentes ramos: Politica, história, cultura, e ( ... ).

 

https://youtu.be/zQLrCX3Y5kc