O voo inaugural da companhia aérea angolana TAAG para o Dubai, que partiu de Luanda na segunda-feira, ficou retido em Adis-Abeba (Etiópia), nas últimas 24 horas, por falta de autorização de sobrevoo do território do Yémen.

Alegadamente, a TAAG "esqueceu-se" de pedir autorização para sobrevoar aquele país do Médio-Oriente, tendo o Ministério das Relações Exteriores de Angola utilizado os canais diplomáticos para ultrapassar a situação. O Expresso apurou que a autorização não fora concedida por estar pendente uma dívida de Angola ao Yémen (estimada entre os 60 e os 70 mil dólares/45 mil euros), relativa a um anterior sobrevoo. A dívida foi prontamente saldada, afim de que o avião pudesse prosseguir viagem até ao Dubai, onde chegou ao princípio da tarde.

Neste voo inaugural, a TAAG utilizou um Boeing 777, com capacidade para voar 13 horas consecutivas e transportar até 365 passageiros, entre os quais uma comitiva que integrou altas individualidades do Estado angolano, o director-geral e o director de operações de voo da companhia.

Proibida de voar para a Europa, a TAAG tem procurado diversificar as suas rotas, continuando a voar para o Zimbabwe, África do Sul, Zâmbia, Congo Brazzaville, República Democrática do Congo, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Namíbia, Brasil e, mais recentemente, Camarões. A linha Luanda-Dubai terá duas frequências semanais, à segunda e à sexta-feira.

* Alexandre Coutinho e Gustavo Costa
Fonte: Expresso