Lisboa - João Manuel Gonçalves Lourenço, é o único candidato às proximas eleições, que sempre que se desloca ao interior do país leva o seu próprio gerador de energia como medida de prevenção aos constantes cortes de electricidade. De acordo com apurações, o líder angolano adoptou esta solução depois de no inicio de 2021, ter realizado uma visita a província de Benguela, e durante a sua estadia registrou-se cortes eletricidade na residência do palácio provincial que o acolheu.

Fonte: Club-k.net


JOÃO LOURENÇO NÃO CONFIA NAS INSTITUIÇÕES (QUE FORNECEM ENERGIA) 

Apesar da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), ter na altura justificado as razões dos cortes de energia, quando João Lourenço chegou a Luanda, exonerou o então governador provincial Rui Falcão Pinto de Andrade, por alegadas razões de incompetência, e por outro lado, devolveu-lhe a sede central do MPLA, em Luanda, para reocupar a pasta de Porta-voz.

 

Antes deste episódio, o Chefe de Estado viveu im problema idêntico em Maio de 2019, na Provincia de Malanje. Na altura, três funcionários da ENDE foram detidos depois de um apagão registado no momento em João Lourenço, recebia em audiência no Palácio do Governador, entidades religiosas e tradicionais e o representante da Câmara de Comércio e Industrial daquela província.

 

Foi neste período que as fontes do Club-K, registaram que as deslocações presidências as províncias, passaram a ser antecedidas com o envio de uma equipa de avanço da Unidade da Guarda Presidencial (UGP), levando o seu próprio gerador de energia transportado numa viatura militar de marca Kamizaki. Para além do gerador, a equipa da logística da UGP leva também o combustível de Luanda para abastecer as viaturas da caravana presidencial.

Apesar de haver combustível no interior do país, o transporte deste produto pela caravana presidencial, é justificado como medida de alta prevenção, visto que evita-se o rico de enfrentar uma faísca ou “fogo de origem desconhecida”, numa bomba de combustível capaz de provocar combustão e destruição de todos as viaturas da caravana que geralmente acompanham o Presidente da República.

Para além do combustível, passaram a transportar também a refeição dos próprios soldados e escoltas. Geralmente, uma aeronave Antonov (de fabrico russo), é estacionada na pista do aeroporto mais proximo para em caso de emergência transportar para Luanda, algum membro da caravana presidencial.

 

Recentemente, uma delegação da UNITA, viajou para o leste de Angola, e viu-se com dificuldades em abastecer as viaturas depois de as autoridades locais ordenarem o encerramento temporário das bombas de combustível naquela região, aparentemente para os prejudicar.

 

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