Luanda - O candidato a vice-Presidente pela UNITA, Abel Chivukuvuku, garante que os dados provisórios apontam para “uma tendência de vitória da UNITA em todo o país”. Esta afirmação vai de encontro ao resultados provisórios avançados pela Comissão Nacional de Eleições de Angola.

Fonte: Lusa

Diz que dados da CNE "não são fiáveis"


“Os nossos centros de escrutínio estão avaliar atas sínteses que estão a ser publicadas extensivamente nas redes sociais e que dão claros indicadores provisórios de vitória da Unita em todas províncias do país”, afirma Abel Chivukuvuku em conferência de imprensa.

 

O militante da UNITA garante que os indicadores da CNE de Angola “não são fiáveis” e baseia a sua afirmação com os documentos partilhados nas redes sociais.

 

“Um dos factos mais preponderantes é que na cidade e na província de Luanda, só no município de Kilamba o partido do poder tem vantagem. Todos os outros municípios, a UNITA tem claramente vantagem eleitoral. Outro indicador é que na diáspora em todos os países onde foi efetuado o voto dos angolanos residentes no estrangeiro só em Berlim, Alemanha, e em Joanesburgo, África do Sul, só o partido do poder teve vantagem. Em todos os outros círculos eleitorais de todos os países, a UNITA teve vantagem.”

 

O candidato da UNITA criticou ainda a divulgação de uma sondagem que deu a vitória ao MPLA com cerca de 53%. Considerou a divulgação "ilegal" e o seu conteúdo "falso" e resulta de "manipulação".

 

"A Assembleia Nacional da República de Angola aprovou uma lei que determina que em período eleitoral não podem ser publicadas sondagens de opiniões de votos de cidadão. Assistimos todos hoje [quarta-feira] à TPA [Televisão Pública de Angola] a apresentar supostas sondagens que dariam uma eventual vantagem ao partido no poder, o que não só é ilegal, é falso, é manipulação."

 

Abel Chivukuvuku afirma que o partido, atualmente na oposição, irá continuar “a escrutinar através do nosso centros de escrutínio todo os dados que estarão disponíveis nas redes sociais e em formato físico”.

 

“Estamos confiantes, serenos e tranquilos. O povo angolano vai decidir”, rematou.