Lisboa – Teresa Rodrigues Dias, a jurista que há dois anos exerce as funções de Ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social de Angola, nasceu aos 4 de Fevereiro de 1965, na província do Namibe. É filha de pais são tomense.

Fonte: Club-k.net

No seguimento de trabalhos investigativos sobre as duplas nacionalidades de membros da elite angolana, levada a cabo pelo Club-K, foi “descoberto” que Teresa Dias, tem uma irmã Julieta Izidro Rodrigues, que é ministra da Educação e Ensino Superior no governo em São Tome e Principie. Trata-se de um  caso raro na história em que dois membros da mesma familia, fazem parte de governos de  países diferentes.

 

“Se o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social de Angola assinar um contrato com o ministério da Educação e Ensino Superior, de São Tome, as testemunhas, não só teremos duas ministras de países diferentes mas duas irmãs a assinarem acordo em representação de países na qual detém outra cidadania”, diz o comentarista, Antônio Oliveira das Neves.


A irmã Julieta Izidro Rodrigues, é licenciada em Biologia no Congo e especialista em matéria de Educação. É referenciada como um dos quadros superiores do ministério da educação de  São Tomé, agora integrando o governo de Jorge Bom Jesus.

 

Durante um comício proferido no passado mês de Julho na província do Kuando Kubango, o líder do MPLA, João Lourenço – sem nomear ninguém - atacou os políticos que tem dupla nacionalidade acusando-os de desonestos com o povo.

 

«(…), Os candidatos do MPLA á Presidência da República, Vice-Presidência e Deputados, não têm dupla nacionalidade e não foram desonestos com o povo, os partidos onde os políticos são apenas angolanos a escolha é óbvia, «o candidato da UNITA Adalberto Costa Júnior» tem dupla nacionalidade», disse João Lourenço.

 

«Hoje estão a concorrer nessas eleições (Angola) amanhã, vão poder concorrer às eleições nos outros países(Portugal), porque esses candidatos não são só cobardes como são também desonestos», repontou o líder do MPLA

 

«Por isso o MPLA é a escolha óbvia, porque não tem candidatos com dupla nacionalidade», disse o candidato do MPLA João Lourenço, no acto de massa na província do Cuando Cubango.