Luanda - Neste exercício de ficção literária, alimentado pelo sonho de vermos os nossos filhos, netos, bisnetos, finalmente, desfrutarem deste maravilhoso país, esperamos um discurso breve, assertivo, conciliador, despartidarizado, que seja como um raio de luz que consiga reacender a esperança “moribunda” deste povo e mostrar que “SOMOS CAPAZES DE EDIFICAR UM PAÍS QUE PERMITA AOS ANGOLANOS VIVER COM A DIGNIDADE QUE MERECEM”

Eis o “ficcionado” discurso:
Angolanos e angolanas,


Há quarenta e sete anos, o povo angolano à custa de muito sangue e sofrimento proclamava, finalmente, a sua independência, arduamente conquistada.


Há aproximadamente vinte anos o povo angolano depois de várias décadas de conflito armado, que roubou milhares de vida humanas, entre outros horrores, conseguiu finalmente alcançar a paz que tanto clamava.


Somos aproximadamente trinta e cinco milhões de cidadãos, assentes em um território (ANGOLA), que Deus brindou com recursos naturais extraordinários, ou seja, somos dos países, neste aspecto, mais ricos do mundo;


Porém e infelizmente, mais de 80% dos nossos irmãos vivem de forma miserável, indigna para um ser humano e em alguns casos, temos angolanos que dependem do lixo para comer e passam a noite ao relento (incluídos milhares de crianças) como se fossem “animais” abandonados. Ou seja, temos um quadro social em coma profundo e que muito nos envergonha.


Ora, existem vozes nacionais e/ou estrangeiras que chegam ao ponto de questionar se, nós angolanos, somos capazes de governar o nosso próprio país e o nosso povo?


Angolanos e angolanas,


Independentemente da cor partidária, opção religiosa, nível social, este é o momento de nos unirmos para alterar este triste quadro!


SIM, juntos somos capazes de edificar o país que o angolano carece e merece. Temos de construir um país que nos orgulhe de sermos angolanos.


Um país em que os nossos filhos, netos, bisnetos não vejam roubada a possibilidade de viver com dignidade, como acontece hoje.


O futuro tem de ser vitorioso! Mas, a vitória não é de uns, é de todos!


O angolano merece desfrutar de uma vida digna, em vez morrer sem nunca ter vivido, pois, passa a mera sobrevivência na esperança de dias, tardes e noites melhores não chegam não pode continuar a ser a única opção para a maioria do povo.


Sabemos que o povo está cansado de discursos e tem muita razão. O povo quer actos que mudem o grave quadro actual. O povo confiou-nos, mais uma vez, esta grande missão de salvar angola do abismo em que se encontra. Muito agradecemos e não trairemos a vontade deste povo sofrido. Pois, o povo é quem manda!
Os nossos actos como governantes mandatados por este povo devem demostrar muito melhor a qualidade da nossa governação. Vamos agir em vez de apostarmos em discursos lindos e utópicos.

Angolanos e angolanas,


Não nos alongaremos em discursos. Deixaremos que os nossos actos falem melhor que as nossas palavras.


Dito isto, deixaremos os principais pilares que nortearão a nossa governação neste nosso mandato presidencial.


Ei-los:

O FORTALECIMENTO DAS INSTITUÍÇÕES;


Existe uma frase em Angola que espelha bem as fragilidades das nossas instituições “temos instituições fracas dirigidas por “Homens fortes”.
É o momento de juntos alterarmos este quadro. Pois, Angola só atingirá o nível que precisamos se as instituições públicas actuarem no estrito cumprimento do Estado de Direito e Democrático e tiverem como prioridade o bem comum dos angolanos. As nossas Instituições têm de ser mais fortes do que os Homens que as dirigem. As ordens superiores não podem violar o Estado de Direito.


Entendemos que o fortalecimento das Instituições dependerá de três condicionalismos essenciais:

A DESPARTIDARIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES,

Angolanos e angolanas,


As nossas instituições não são comités de especialidades do partido que estiver no poder, elas devem estar ao serviço dos angolanos para edificarmos o país que nos orgulhe. É o momento de terminarmos com a ideologia do partido Estado. O Estado não pode continuar ao serviço do partido, pelo contrário, os partidos é que devem servir o Estado.

DEIXAREMOS O CARGO DE PRESIDENTE DO PARTIDO,


Um dos passos essenciais para concretizarmos a despartidarização das instituições, será A NOSSA RENÚNCIA AO CARGO DE PRESIDENTE DO MPLA, pois, assim nos dedicaremos exclusivamente a nobre e difícil missão que nos foi confiada “ retirar o país do abismo em que se encontra” e a partir deste momento seremos o Presidente de todos os angolanos e de todos o estrangeiro que elegeram o nosso país como a sua segunda casa.

PROMOÇÃO DO MÉRITO,

Uma seleção nacional desportiva deve reunir os melhores jogadores do seu país que estiverem disponíveis, logo, não pode ser constituída apenas por jogadores de uma só equipa.
Angolanos e angolanas,


NOMEAÇÃO DE PESSOAS DA SOCIEDADE CIVIL
Tal como as selecções desportivas, as instituições devem ser dirigidas pelos mais competentes, independente da cor partidária, religião, entre outros condicionalismos, que têm aniquilado o mérito na escolha de quem deve ser designado ou nomeado para dirigir ou integrar as instituições.


Para concretizarmos esta promoção do mérito nas nossas Instituições e dar corpo a despartidarização das mesmas, neste mandato convidaremos, também, várias pessoas da sociedade civil que acreditamos terem competências para integrar a equipa dos angolanos que tudo farão para salvar ANGOLA;


NOMEAÇÃO DE ANGOLANOS NA DIÁSPORA,
O empenho dos angolanos que estão na disporá neste pleito eleitoral foi emocionante e prova de grande patriotismo de muito dos nossos irmãos que há muito tiverem de procurar outros países na esperança de conseguirem uma vida mais digna. Estamos a trabalhar arduamente com os nossos servições diplomáticos, no sentido de identificaremos angolanos que meritoriamente têm exercido funções em várias instituições no estrangeiro e, assim, convidá-los a virem ajudar-nos a erguer a nossa pátria;


NOMEÇÃO DE ANGOALANOS INTEGRANTES DE PARTIDOS DA OPISIÇÃO,
(GOVERNADOR PROVINCIAL DE LUANDA SERÁ SUGERIDO PELA UNITA)
O país deve ser a prioridade independentemente de quem vença as eleições, nesta lógica, também convidaremos alguns dos nossos irmãos da OPOSIÇÃO, que neste pleito eleitoral demostraram elevado espírito competitivo e patriótico, para assumir alguns cargos chaves para o qual demostrem ter competências. Angola é de todos nós e só se estivermos unidos independente da cor partidária conseguiremos vencer. Adiantamos, neste momento, que independentemente de não terem sido implementadas até ao momento as autarquias, tendo em atenção ao resultado eleitoral no círculo provincial de Luanda e não só, convidaremos o partido UNITA para que sugira nomes que estejam em condições de serem nomeados Governador de Luanda.

O FORTALECIMENTO DO PODER JUDICIAL,
Um poder judicial materialmente independente do ponto de vista político dos outros órgãos de soberania afigura-se incontornável para o surgimento do verdadeiro Estado Democrático e de Direito, que é uma das condições determinante para o fortalecimento das instituições e consequentemente o desenvolvimento do país.


Angolanos e angolanas,

Precisamos e vamos desenvolver um forte trabalho investigativo para identificarmos o melhor modelo para concebermos do ponto de vista constitucional um poder judicial politicamente mais independente e eficiente.


AUTARQUIAS NO PRÓXIMO ANO,
Já é inadiável a implementação das autarquias no nosso país, assim sendo e certos das vantagens que trará na melhoria do exercício do poder junto das comunidades, serão realizadas eleições autárquicas no primeiro semestre do próximo ano.


DESEMPREGO,
Para além das várias políticas que temos implementado para criação de um ambiente macroeconómico que gere mais empregos, neste mandato apostaremos na criação em todos o país de CENTROS DE FORMAÇÕES PROFISSIONAIS. Estes centros deverão formar electricistas, carpinteiros, pedreiros, mecânicos, canalizadores, alfaiates, (…), ou seja, vamos criar condições para que sejam estes jovens a criarem o seu próprio emprego e a gerarem outros empregos, pois no exercício das suas profissões precisarão de ajudantes, que no futuro também se tornarão bons profissionais.

SAÚDE,
Para além de apostarmos na melhor formação dos profissionais e em uma melhor remuneração, bem como a construção de unidades hospitalares em todo país, daremos mais atenção à medicina primária, pois, é na prevenção que se evita muitas das doenças graves que têm matado o nosso povo.


Também, tendo em atenção a nossa realidade social, optaremos por subdividir o sistema de saúde em dois grandes subsistemas (saúde Rural e Saúde Urbana), pois, acreditamos que será mais eficiente termos políticas de saúde que respondam os problemas reais das populações.

Angolanos e angolanas,

APOSTA NA INVESTIGAÇÃO,
Nenhum país desenvolve sem investir nos centros de investigação. Temos de estudar os nossos problemas com profundidade, pois, este é o caminho para encontrarmos as soluções.

Angolanos e angolanas,
Já nos alongamos mais do que o programamos, reiteramos que neste mandato ouviremos mais e estamos absolutamente convencidos que é o MOMENTO DE JUNT0S ERGUERMOS O NOSSO PAÍS;
Angolanos e angolanas,

“SOMOS CAPAZES DE EDIFICAR UM PAÍS QUE PERMITA AOS ANGOLANOS VIVER COM A DIGNIDADE QUE MERECEM”
Angolanos e angolanas,


Juntos conseguiremos um futuro vitorioso!


Aquele que respeita os sinais do tempo, não é surpreendido pela tempestade, seria fatal não levarmos a sério a vontade deste povo que quer viver com dignidade.
QUE DEUS NOS GUIE E NOS GUARDE!



POR: JOSÉ LUÍS DOMINGOS “ZÉ LUÍS”