Luanda - A embaixadora de Angola na ONU, Maria de Jesus dos Reis Ferreira, disse na Assembleia Geral, em Nova Iorque, que o país não tem medido esforços para promover a paz na região dos Grandes Lagos, enumerando os conflitos existentes na região, e dizendo que até 2025 terá 70% da sua energia a vir de fontes renováveis.

Fonte: RFI

Detendo a liderança da Conferência Região dos Grandes Lagos, Angola disse em Nova Iorque que tem tentado contribuir para a paz na região, especialmente mediando os conflitos entre a República Democrática do Congo e o Ruanda ou Uganda e Ruanda.

"A República de Angola não tem medido esforços em contribuir par a paz e estabilidade da região, sobretudo na mediação do conflito na República Centro-Africana e na resolução do conflito entre o Ruanda e a República Democrática do Congo ou ainda entre o Uganda e o Ruanda onde tem procurado, modestamente, fazer o seu melhor, uma vez que, como sabemos, a solução depende sempre e sobretudo da vontade política das partes envolvidas", afirmou a embaixadora que substituiu o Presidente recém-eleito para um segundo mandato, João Lourenço.

Angola, lembrando o seu estatuto constitucional de país não-alinhado, pediu ainda que se levantem os embargos contra Cuba, que "impedem o desenvolvimento" do país, mas também sanções unilaterais contra a Venezuela ou Zimbabué, considerando que estas medidas são "contra-producentes" face aos objetivos da erradicação da pobreza e do desenvolvimento sustentável.


Perante a Assembleia Geral da ONU, Angola comprometeu-se até 2025 a ter 70% da sua energia a partir de fontes renováveis, quer seja a partir de barragens ou energia solar.

 

"Angola planeia atingir a meta de 70% de energia proveniente de fontes não poluentes até 2025, privilegiando energias limpas de barragens hidro-electricas e energia solar. Neste sentido, têm sido feitos muitos e signifiticativos investimentos em infra-estruturas econcómicas e sociais para mitiga ros efeitos da seca prolongada que afecta a região Sul de Angola, com destaque para a inauguração em 2022 do aqueduto na província do Cunene, que assegura o acesso à água a 350 mil cidadãos numa extensão de 160 quilómetros", declarou Maria de Jesus dos Reis Ferreira.