Lisboa - Pedro Luís da Fonseca, até agora presidente do conselho de administração do Banco Económico, vai passar a ocupar idêntico cargo no Banco de Comércio e Indústria (BCI), comprado em dezembro de 2021 pelo Grupo Carrinho ao Estado angolano.


*Celso Filipe
Fonte: Negocios

Pedro Luís da Fonseca, até agora do presidente do conselho de administração (PCA) do Banco Económico, vai ocupar idêntico cargo no Banco de Comércio e Indústria (BCI), comprado em dezembro de 2021 pelo Grupo Carrinho ao Estado angolano por 28 milhões de dólares.

 

Pedro Afonso, que estava no Banco Económico desde agosto 2019, suceder no BCI a Zeinalda Zumbi. A justificação para a sua saída foi precisamente a da chegada ao banco de um novo acionista privado, sendo que Zeinalda Zumbi havia sido indigitada para estas funções em 2019 pelo Ministério das Finanças.

 

O Club K noticiou que a gestora foi alvo de reparos por ter concedido a si própria um crédito de 420 milhões de kwanzas (960 mil euros), para comprar um imóvel. Segundo este site o empréstimo violava a lei das instituições financeiras, que proíbe os membros do conselho de administração de bancos de se atribuir empréstimos para si e aos demais membros da sua família.


O novo líder do BCI foi ministro da Economia e Planeamento entre outubro de 2017 e julho de 2019, durante o primeiro mandato presidencial de João Lourenço.

 

No início deste mês, o Banco Nacional de Angola impôs medidas corretivas ao BCI, por insuficiência de fundos próprios, tendo o banco 30 dias para apresentar ao supervisor um plano de recapitalização e restruturação.

 

Até 31 de dezembro do ano passado o banco contava com cerca de 1.300 trabalhadores e 80 balcões. Em setembro o BCI anunciou a abertura de um programa de rescisões voluntárias, justificadoi por se encontrar "numa fase de transformação interna profunda, cujo objetivo é melhorar o desempenho financeiro (razão da sua existência) para garantir melhores condições para todos os seus colaboradores".