Luanda - A comissão sindical da Endiama queixa-se de estar a ser vítima de perseguição e ameaças por parte da direcção da empresa estatal de diamantes em Angola. A Comissão Sindical denúncia, ainda, o afastamento de trabalhadores por se terem desvinculado do sindicato acusado de ter elementos próximos da direcção da Endiama.

Fonte: RFI

A comissão cindical da Endiama queixa-se de estar a ser vítima de perseguição e de ameaças por parte da direcção da empresa. As acusações são feitas pelo secretário adjunto da comissão sindical, Gastão António, que denuncia ainda o afastamento de Pedro Muxito, primeiro secretário da comissão sindical, que foi proibido de entrar nas instalações da ENDIAMA, aparentemente sem nenhum fundamento legal.

 

“Nós estávamos associados ao sindicato, mas apercebemo-nos de práticas de promiscuidade e resolvemos, de forma suave, desvincularmo-nos [do sindicato]. Essa posição não foi bem recebida, uma vez que já existe uma relação muito avançada com a empresa. Só para ter uma ideia, o primeiro secretário da comissão sindical, Pedro Muxito, foi proibido, na passada sexta-feira, 7 de Outubro, de entrar no edifício”, disse.

 

Gastão António reconhece que neste momento a relação é tensa devido às medidas de retaliação feitas aos trabalhadores da Endiama.

 

“A relação é tensa. Neste momento, por causa dessa situação, os trabalhadores estão a ser ameaçados. Temos provas disso. Os recursos humanos organizaram algumas reuniões para tentar ameaçar os trabalhadores. Há documentos que eles escreveram, numa clara violação da lei, interferindo de forma directa na comissão sindical a favor do sindicato”, denunciou.

 

A RFI tentou contactar a Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola-Endiama- mas até agora não foi bem sucedida.