Roma - As políticas de segurança são políticas que estabelecem e delineam parâmetros e mecanismos estratégicos de defesa de um Estado através da implementação e execução de doutrinas militares, princípios e tácticas militares, inteligência e contra inteligência, tecnologias militares, cybersegurança, radares e satélites militares espiões, com o intuito de se garantir a manutenção, a protecção e a estabilidade do Estado.

Fonte: Club-k.net

Angola pela sua grande responsabilidade regional em África precisa reforçar cada vez mais a sua segurança interna, começando em parte por aumentar o seu orçamento de defesa em todos os âmbitos e sectores: compras de novos armamentos modernos, tais como: sistemas antiaéreos e sistemas antimísseis avançados, mísseis antinávios, mísseis guiados, caças de guerra da 4ª e 5ª geração, drones kamikazes e outros modelos, reforçar os equipamentos de vigilância institucional e fronterícios, etc.


O orçamento de defesa deve visar também dinamizar as forças policiais, forças marítimas e as forças áreas do Estado, colocando à disposição destes, instrumentos que os permita neutralizar qualquer ameaça contra o Estado, tendo em conta que o terrorismo regional, internacional e transnacional faz algum tempo que saiu do controle e se encontra espalhado um pouco por todo o lado, sendo assim, o governo angolano de forma urgente deve tomar medidas adicionais e rígidas para impedir a todo custo que a problemática do terrorismo internacional aproxime-se das suas fronteiras e dos países vizinhos a si, para isso umas das medidas pontuais a ser colocada em prática é armar e equipar sete vezes mais o departamento antiterrorismo e o departamento de intervenção rápida, estes devem ser munidos de materiais e instrumentos modernos e avançados.

 

Não se deve economizar quanto se trata de segurança, a segurança é a base de toda e qualquer Administração do Estado e a estabilidade de Angola directa ou indirectamente é sinônimo de estabilidade regional em termos de defesa e segurança. Apesar que o Relatório de 2021 do Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo, coloca Angola na 5ª posição entre os países africanos que mais investem na esfera militar atrás apenas da Nigéria, África do Sul, Quénia e Uganda, é correcto afirmar que tudo que Angola investe neste sector é ainda insuficiente se olharmos estes gastos tendo em conta todas as complexidades de segurança no continente e a estabilidade da paz internacional que encontra-se sob constante ameaça e desequilíbrio, portanto nas vestes de político-militar sugiro que o Executivo invista 4 vezes mais na defesa do País para termos uma segurança de alto nível em todos os sentidos.


Prevalentemente e significativamente o reforçamento da segurança do País deverá passar também através da formação de quadros angolanos em varias áreas e especializações das engenharias militares, no final das contas devem ser os próprios cidadãos nacionais a fabricarem os seus próprios materiais e instrumentos de guerra, desde armas de fogo, navios de guerra, mísseis diversos, sistemas antiaéreos, mísses antinavios, caças de guerra, satélites militares, bombas de diferentes tipos (bombas balísticas de curto alcance, de médio alcance, de longo alcance, bombas intercontinentais, bombas nucleares tácticas e estratégicas, mísses hipersônicos, etc), tudo isso é 100% possível, basta que haja investimento sério e de alto nível, a formação é o segredo tudo, se colocarmos isto em prática depois de algum tempo dependeremos menos da Europa, dos EUA, da Rússia, da China, da Coreia do Norte, da Índia e de outros países na esfera bélica, compraríamos pouco deles porque teríamos a nível interno as nossas próprias indústrias armamentistas dirigidas por cidadãos nacionais.


A segurança requer mesmo investimento, requer gastos que na visão do público e daqueles que pouco entendem de defesa e segurança pode parecer desnecessário porque o País está em Paz e não em guerra, mas é exactamente por esse motivo que o governo deve aumentar o orçamento de defesa, porque é no tempo de Paz que se deve fazer investimento na esfera militar, não vais esperar estar em conflito/guerra para investir em aparatos bélicos, quem age desse jeito mostra claramente que não tem visão estratégico-militar e pode colocar o País num risco eminente. Um líder inteligente e estratégico deve antecipar as suas jogadas políticas, não deve esperar o caos para começar a jogar, o perigo vive connosco o tempo todo, basta um pequeno passo em falso para tudo se desmoronar, a segurança é uma necessidade, não é algo opcional numa Administração do Estado.


Como deu-se já a entender não trata-se apenas de investimentos no sector das forças armadas mas sim em todos os sectores, e sendo que a segurança é a base da soberania, protecção e integridade territorial de um Estado, investir pouco na própria defesa é dar lugar à insegurança e a insegurança sendo sinônimo de caos, tensões, conflitos, guerras e instabilidades, Angola não deve permitir que isso aconteça, não deve permitir que os seus órgãos de defesa e segurança sejam vulneráveis, devemos estar em prontidão constante, devemos estar em alerta 24/24 horas para neutralizarmos quaisqueres inimigos sejam eles inimigos internos ou externos, os nossos serviços de inteligência e de contra inteligência, assim como as forças armadas, forças navais e forças aéreas devem mostrar-se capazes de defender a Pátria, mas nada disso será possível se o sector da segurança receber verbas insuficientes, o orçamento deve ser mesmo alto porque trata-se não simplesmente de proteger a Nação mas também de contribuir para a segurança da região da SADC e dos Grandes Lagos, estas regiões são instáveis e Angola precisa estar 100 vezes mais preparada, precisa posicionar-se como tal, precisa ter o maior orçamento de defesa a nível de África.


NT: Angola precisa investir de forma regular 7 a 10 bilhões de USD na esfera militar.


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Por: Leonardo Quarenta
Ph.D em Direito Constitucional e Internacional
Mestrado em Relações Internacionais: Diplomacia, Mediação e Gestão de Crises
Formação em Conselheiro Civil e Militar
Formação em Geopolítica de África: O Papel da CPLP na Segurança Regional