Luanda - O angolano Banco de Poupança e Crédito (BPC) tem um novo conselho de administração com nove membros, liderado por Cláudio Macedo, depois da renúncia do anterior presidente “por razões pessoais”.

Fonte: Lusa

Um comunicado do Ministério das Finanças, a que a agência Lusa teve hoje acesso, refere que foi eleito, para o período 2022/2026, como presidente do Conselho de Administração do BPC Cláudio Pinheiro Pinto Macedo e como presidente da Comissão Executiva Luzolo Adriano Neto Espírito Santo de Carvalho, que vão dar continuidade ao plano de reestruturação do banco público.

A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, na cerimónia de tomada de posse da nova liderança do BPC, realçou a necessidade de a instituição se tornar num “banco eficiente rentável, comprometido com a qualidade, rigoroso” e com uma reputação que orgulhe a sociedade.

“Não podemos continuar a ser conhecidos como um banco em que há problemas de sistema, temos de mudar esse quadro e a melhor forma que têm de valorizar esse património, esse dinheiro dos contribuintes, é gerindo bem o banco”, referiu.

Por sua vez, o novo PCA do BPC, Cláudio Pinheiro, em declarações à imprensa, apontou como desafio desta administração dar continuidade ao plano de recapitalização e reestruturação em curso.

“Temos um desafio ainda por vencer, a par da estabilidade do sistema, a qualidade do serviço, a gestão e otimização dos recursos humanos”, indicou.

Cláudio Pinheiro estimou um prazo entre 10 e 12 meses para se voltar a ter “um banco rentável, eficiente”.

Relativamente às críticas de clientes sobre o mau funcionamento do banco, o novo PCA disse que “as pressões, enchentes, ao nível dos balcões do BPC, a pressão ao nível da censura pública, nas redes sociais, na imprensa, começou a conhecer um nível tendencialmente decrescente”.

O novo corpo diretivo do banco é ainda composto pelos administradores não executivos independentes António da Silva, Jerónimo Lara e Ana Cristina de Ceita, bem como dos administradores executivos Luís Duarte, Walter Salgueiro, Sandra Balça e Áurea Alexandre.

“Recordar que a deliberação da Assembleia-geral foi aprovada pelo Banco Nacional de Angola, conforme estabelecem a Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras e a Lei das Sociedades Comerciais”, sublinha-se na nota.

O BPC é uma instituição bancária que tem como acionistas o Estado, representado pelo Ministério das Finanças, o Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado, o Instituto Nacional de Segurança Social e a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.

O maior banco público reduziu pessoal e encerrou balcões no âmbito do seu plano de recapitalização e reestruturação.