Luanda - Existe um áudio a circular sobre a péssima qualidade de ensino e das escolas públicas versus a suposta excelente qualidade de educação dada aos filhos das ditas “elites”, onde o interlocutor diz que as elites dão aos seus filhos a melhor educação e deixam os filhos da maioria da população sem educação de qualidade. Lamento ter que concordar com muito do que este senhor diz.

Fonte: Club-k.net

Infelizmente, a dita elite nem para os seus filhos está a investir em educação de qualidade. Pois educação de qualidade não é apenas inscrever no colégio mais caro, mas sim partilhar com os filhos aquilo que não se aprende em mais lado nenhum, mas em casa: a empatia.


A falta de empatia da maioria dos angolanos de todas as classes sociais, a insensibilidade ao sofrimento do outro que vemos nos ricos e nos pobres, diz tudo sobre nós angolanos. Porque muitos dos que hoje governam, quando eram pobres também falavam assim. Basta subir na vida, estão-se logo nas tintas para os que ficaram na pobreza de onde saíram. ESSA FALTA DE EMPATIA COLECTIVA É QUE EU NÃO ENTENDO.


Por outro lado, já começou no seio das famílias e da sociedade, a discussão sobre a possível sucessão presidencial onde cada um sugere um ou outro dirigente da sua preferência como o possível próximo PR…


Acho que Angola merece pessoas que sabem dialogar e pensar no colectivo e não apenas nos seus interesses e gestão de inimizades na hora de pensar país

Não é o que temos visto até agora.


Angola tem que ser dirigida por pessoas com espírito de PAZ e não com espírito de guerra.

JES apesar de todas as falhas sempre foi conciliador e apaziguador


Usava o seu poder para obrigar as pessoas a coabitarem e vivia gerindo rixas e resolvendo conflitos entre pessoas influentes de modo a pelo menos manter a paz no país


Os actuais nem isso estão a dar-se ao trabalho de fazer!


Os que estão em volta e os supostos acessores só sabem colocar lenha na fogueira!


É assim que se faz país?


Temos que repensar a nossa forma de olhar os dirigentes das instituições privadas e públicas de Angola.

 

Quando o assunto é capacidade de liderança, a pessoa mais competente tecnicamente sem empatia, sem capacidade de diálogo e de fazer concessões, chega a ser pior do que um analfabeto que se importa com os outros.


Não estou a dizer que este é um defeito de A ou de B, mas sim uma característica generalizada dos angolanos (salvo raras excepções): quando estão por baixo falam mal dos ricos e dos que têm poder, porém se chegam eles à elite, a maioria estão-se nas tintas para a dor dos que passam fome e dos que sentam na lata do lixo para estudar!


Eu nem preciso dar exemplo ou citar nomes, porque são quase TODOS!


Digam-me vocês quem são ou foram as excepções! Porque contam-se nos dedos os que demonstraram o oposto com as suas ações no dia a dia depois de ficarem chefes ou ganharem muito dinheiro.