Luanda - A sede do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), em Luanda, voltou a ser assaltada no fim-de-semana. É o segundo assalto em menos de duas semanas.

Fonte: DW

Teixeira Cândido traça paralelismos com outros casos.

Em março deste ano, o diretor do semanário Expansão, João Armando, viu a sua casa assaltada em circunstâncias idênticas, foram levados dois computadores. No mesmo mês, a casa de Raquel Rio, jornalista da agência Lusa, também foi assaltada; foi levado apenas o seu computador. Na mesma altura, assaltantes também levaram o computador de Romão de Jesus, jornalista da rádio privada MFM.

Jornalistas em Angola Jornalistas em Angola


É por isso que o secretário-geral do sindicato dos jornalistas presume que estes possam não ser apenas "roubos de oportunidade", porque "o objetivo é apenas o computador, e só a casa dos jornalistas é que tem sido assaltada."

Ataques à liberdade de imprensa

Reginaldo Silva, conhecido jornalista angolano e membro da Entidade Reguladora da Comunicação Social de Angola (ERCA), vai mais longe: "Efetivamente, pode estar a haver algum agravamento dos condicionamentos à própria liberdade de imprensa", afirma.

Os assaltos à sede do Sindicato dos Jornalistas Angolanos já foram notificados ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) e à polícia angolana.

Para repudiar e desencorajar atos do género, Teixeira Cândido anunciou uma marcha de protesto nas ruas de Luanda para 17 de dezembro.

"Não nos queremos antecipar ao Serviço de Investigação Criminal, com quem temos estado a interagir - esta manhã, esteve na sede do SJA para fazer o seu trabalho. Mas a direção do sindicato entendeu que vai fazer uma marcha de repúdio, porque entendemos que a nossa atividade é legal."