Joanesburgo - Bayever Davis, o vice-presidente da Autoridade Central contra a droga da África do Sul (Central Drug Authority ou CDA na língua inglesa), disse recentemente que o seu país teme que cerca de 40.000 mulheres provenientes da Europa do cheguem para trabalhar como prostitutas durante a Copa do Mundo, que acontece entre os meses de Junho e Julho, em terras de Mandela.
Fonte: Club-k.net
Autoridades temem chegada das profissionais para o Mundial
O receio das autoridades surge depois de terem sido alertados por organizadores da Copa do Mundo que o citado numero de profissionais do sexo podem entrar neste país africano durante o mega evento desportivo, à semelhança do que aconteceu nas Copas Mundiais anteriores, onde as redes organizadas se dedicaram ao tráfico de mulheres e crianças para abastecer as casas de prostituição devido ao aumento da procura por este tipo de serviço durante estes grandes eventos.
O dirigente do CDA teme que as crianças sejam alvo das drogas e deste submundo da prostituição, uma vez que a Copa tem lugar durante um período de quatro semanas de férias escolares nacionais. Por isso mesmo, Bayever Davis, que falava a margem da apresentação de um relatório internacional de Controlo de Estupefacientes não tem duvidas que as crianças de famílias rurais pobres poderão ser aliciadas por criminosos em troca de promessas de empregos.
Como medida preventiva para impedir a entrada de prostitutas, o vice Presidente da Autoridade Central contra a droga da África do Sul revelou que vão proceder nas fronteiras, o controlo cerrado de passaporte, triagem e perfil dos estrangeiros que entrarem no país.
É dado consumado que durante a Copa a África do Sul vai se tornar no centro do mundo acolhendo meio milhão de pessoas entre jogadores, espectadores, turistas e investidores à procura de oportunidades de negócio. Um estudo competente indica que o povo sul-africano espera que a sua situação económica venha a mudar, estimando-se que 129.000 empregos possam ser gerados durante este período.
Comparando ao Mundo de Futebol de 2006 na Alemanha, onde Angola fez pela primeira vez presente, estimava-se que 40.000 mulheres tinham sido importadas da Europa central e do leste para abastecer um gigantesco complexo ligado à prostituição, construído mesmo ao lado do principal estádio da Copa do Mundo em Berlim e com capacidade para receber pelo menos 650 clientes de sexo masculino simultaneamente. Foram também construídas “cabanas de sexo”, chamadas “cabines de prestação”, com preservativos e chuveiros para aqueles que quisessem no anonimato. Na altura, a Coligação Contra o Tráfico de Mulheres para a Europa (CATW) lançou uma petição internacional contra a organização de prostituição denunciando a existência e intensidade do tráfico nos eventos desportivos aliada à legalização da prostituição nos países hospedeiros.