Luanda - O ministro da Cultura e Turismo angolano, Filipe Zau, prometeu hoje que a implementação da carteira do artista "será concluída em 2023", visando garantir "sustentabilidade e mais segurança e dignidade" destes profissionais.


Fonte: Lusa

"Teremos de concluir em 2023 a iniciativa da carteira do artista. Certamente que é uma ferramenta fundamental para a garantia da sustentabilidade dos profissionais de arte nos mais variados domínios, dando, assim, mais segurança e dignidade a quem se entrega profissionalmente a esta tão honrosa carreira", afirmou hoje o governante.

 

Para Filipe Zau, em era do conhecimento, os setores da Cultura e do Turismo só serão sustentáveis "se tiverem mecanismos de formação e certificação dos seus profissionais".

 

"De forma dinâmica, precisamos de atrair e gerar talentos, pois só assim será possível pensarmos no futuro, de forma sustentável e com otimismo", sublinhou o ministro angolano durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano do pelouro que tutela.

 

Defendeu, na sua intervenção, a capacitação profissional do capital humano do órgão que dirige, considerando que nos setores da Cultura e Turismo não existem "produtos acabados, eles evoluem e precisam de ser continuamente melhorados".

 

O que "exige", salientou, um grau de "compromisso inequívoco" com a formação e a capacitação profissional de todo o capital humano, "razão porque se encontra inserida no novo diploma orgânico uma direção de Formação para a Cultura e Turismo".

 

"Devemos manter o foco na superação permanente do nosso capital humano, de modo a fazermos emergir as necessárias competências para o momento atual e futuro, sem perdermos de vista as boas práticas laborais, alicerçadas pelo rigor e pela transparência", realçou.

 

Os setores da Cultura, Turismo e Ambiente estavam na legislatura anterior a um único departamento ministerial. Com o governo saído das eleições gerais de 24 de agosto passado, o setor do Ambiente foi desagregado do anterior "mega ministério".

 

Devido à separação do Ambiente, explicou o governante angolano, o executivo está "agora a trabalhar com um novo estatuto orgânico para o setor da Cultura e Turismo".

 

Porém, ressalvou, "há ações que irão continuar a ser realizadas em conjunto, dada a transversalidade da sustentabilidade".

 

Sobre as ações a serem desenvolvidas, Filipe Zau salientou que a regulamentação para o turismo sustentável e a Lei das Línguas de Angola devem ser materializadas a "breve trecho".

 

Filipe Zau destacou também a inserção e manutenção no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE) de 196 agentes do setor, "outrora em regime de contrato de trabalho", após um apelo "à prestimosa compreensão e indulgência" do Presidente da República, João Lourenço.

 

"Foi um processo que decorre de forma transparente e que está a ser operacionalizado em duas fases, sendo que 98 ex-contratatados foram já enquadrados na primeira fase", descreveu.

 

O ministro angolano salientou ainda que o Centro Cultural do Huambo, sul de Angola, está quase finalizado e o Palácio da Música e do Teatro, bem como a Casa do Artista em breve, serão construídos, em Luanda, "uma vez que os aspetos burocráticos já se encontram praticamente ultrapassados".