Brasil - Edson Arantes do Nascimento, Pelé (foto), o maior jogador de futebol de todos os tempos, morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde 29 de novembro para se tratar de um câncer de cólon, que se espalhou.

Fonte: Oantagonista

Única pessoa no planeta a vencer três Copas do Mundo como jogador –em 1958, 1962 e 1970— Pelé estreou como profissional no Santos em 1956, aos 15 anos. Ele tornaria a equipe paulista conhecida em todo o mundo: com o Santos, ele conquistou dez títulos paulistas, seis brasileiros (cinco Taças Brasil e uma Taça de Prata), duas Libertadores e dois Mundiais até 1974, quando se despediu do futebol em um jogo contra a Ponte Preta na Vila Belmiro.

 

Após receber uma oferta do New York Cosmos, porém, ele jogaria nos EUA por mais três anos, de 1975 a 1977, até sua despedida definitiva em 1978.


Pela seleção brasileira, Pelé jogou de 1957 a 1971 e é até hoje o maior artilheiro da equipe, com 77 gols –um à frente de Neymar. Desses gols, três foram em finais de Copas: dois no 5 a 2 contra a Suécia (em 1958, quando ele tinha 17 anos) e um no 4 a 1 contra a Itália (em 1970, aos 29).


Ao todo, ele fez 1.282 gols em sua carreira: o milésimo, marcado contra o Vasco no Maracanã em 19 de novembro de 1969, foi um acontecimento nacional.


Na vida extracampo, Pelé se envolveu em polêmicas –por exemplo, ao dizer, durante a ditadura militar, que o povo brasileiro “não estava preparado para votar”. Anos mais tarde, ele seria ministro dos Esportes de 1995 a 1998, na gestão de Fernando Henrique Cardoso.


O ex-jogador também foi criticado por não ter reconhecido a paternidade de sua filha Sandra Regina Machado, que foi vereadora em Santos por dois mandatos e morreu em 2006, aos 42 anos, vítima de um câncer de mama.


Edson Arantes do Nascimento deixa cinco filhos de dois casamentos (Kely, Edinho, Jennifer, Joshua e Celeste) e Flávia Kurtz, fruto de outra relação extraconjugal.