Luanda - Sr. Ministro do Interior - General Eugénio Laborinho! Depois de ouvir os áudios e assistir os vídeos do Man Gena (membro do Gang HDA) e sua esposa, uma varredura profunda no SIC exige-se!

Fonte: Club-k.net

O Presidente da República em um pronunciamento feito no pretérito ano 2022, manifestava a necessidade de uma melhor e maior comunicação. Das palavras do General João Lourenço subsume-se a imperiosidade de dar a conhecer à sociedade os actos da acção governativa, bem como prestar os devidos esclarecimentos sempre determinados acontecimentos suscitem dúvidas, ou exijam intervenção do poder executivo.


A gravidade das denúncias feitas pelo Man Gena e sua esposa são de tamanha gravidade que um pronunciamento se impõe, porque está em causa a relação de confiança entre o Estado e a Sociedade, sobretudo por se tratar de um órgão afecto a estrutura de defesa e segurança, com a particularidade de ser sobre o qual recai em primeira instância o dever de investigar a actividade criminal, acrescida a sua colaboração estreita com o Ministério Público.


O tráfico de drogas e outros actos ilícitos da criminalidade organizada (local e transnacional) clamam por intervenção ao mais alto nível da política, para o enfrentamento que a realidade e o potencial criminal impõem.

O nível de envolvimento de figuras do SIC (conforme denunciado pelo casal perseguido) representa grave ameaça ao Estado Democrático e de Direito, com sérias implicações e desafios às políticas públicas de prevenção e repressão à criminalidade.

Esta forma de prática criminosa articulada e sistêmica tem se infiltrado nos mais diversos segmentos da sociedade angolana, mas nunca se soube publicamente da profundidade do contágio.


O Estado foi contaminado e capturado no seu mais sagrado lugar: nos órgãos de defesa e segurança, trazendo à colação ao caso concreto o mediático "caso Lussati" e seus desdobramentos! Que rude golpe!


O enfrentamento destas engenhosas actividades criminosas constituem grandes desafios às políticas públicas do Estado-nação. O crime organizado, bastante distinto do crime comum, não pode ser encarado de maneira desorganizada. O poder público não poder ser movido por improvisos e amadorismos para o seu enfrentamento mais efectivo e eficaz. Alguma contundência e destreza exigem-se!


Em Angola, o crime organizado é um fenómeno que vem se consolidando, ao longo do tempo, enquanto expande as suas dimensões, redes de influência e diversificação de "modus operandi", actuando como um “contrapoder”. Estas organizações criminosas tornaram as instituições estatais legitimadas reféns da sua própria vontade, sobretudo pela corrupção dos agentes públicos. O caso Man Gena é exemplo típico desta captura!