Luanda - O desabafo de Demarte Pena abala o coração de qualquer um que acredita na imperiosa necessidade de (re)conciliação entre os angolanos depois do final da guerra em 2002.

Fonte: Club-k.net

Consta que Demarte Pena é um excelente praticante de artes marciais e que se tem destacado em distintas arenas internacionais, sempre desfraldando a bandeira de Angola quando ganha um “duelo”.


Mas nunca - ao que consta - contou com o apoio do Estado angolano. E não conta por ser neto de Jonas Savimbi. É uma injustiça. É um crime, pois Ele tao angolano quanto o cidadão João Lourenço ou qualquer um de nós.


Era suposto, possível e desejável ja termos ultrapassado esta “mentalidade”.


Por aqui compreende-se cada vez mais por que razão a maior parte dos jovens angolanos faz das tripas coração para ter o cartão de militante do MPLA ou vir a público defender actos indefensáveis do Governo para não ter que passar pelo que Demarte Pena está passar: humilhação e desprezo política!


O que se esta a fazer com Demarte Pena é uma discriminação criminosa, que deveria convocar a vergonha dos mais sensíveis e a revolta dos justos. Deveria levantar a nossa ira em uníssono face à indiferença do departamento ministerial que atende pelo Desporto. A inação do Governo angolano, consubstanciado no desapoio de Demarte Pena, por ser neto de Jonas Savimbi, visa destruir um atleta de referência, uma marca angolana. É um acto condenável. O que terá de fazer, afinal, Demarte Pena para ter o apoio das autoridades angolanas? Ser militante do MPLA? Se assim é, estamos muito mal. Muito mal mesmo.


A discriminação leva à frustração; a frustração leva à revolta; a revolta pode levar às armas. E quem tem armas sente-se capaz de desencadear uma guerra.


Há um historiador - cujo nome e obra não me lembro de momento - que glosou que nos idos de 70/80 a UNITA agigantou-se devido à discriminação de toda a sorte de que eram alvo os povos nascidos abaixo do paralelo 13.


Até Quando a discriminação política, económica, social e cultural ‘em Angola?