Luanda - Victor Cardoso vai ser o novo presidente executivo do Banco Económico (ex-BESA), na sequência da renúncia de Carlos Duarte, anunciou hoje a instituição financeira angolana.

Fonte: Lusa

Segundo um comunicado enviado à Lusa, Carlos Duarte renunciou às funções de presidente da Comissão Executiva e membro do Conselho de Administração "por motivos pessoais", com efeitos a partir de segunda-feira.

Face à decisão, que já tinha sido noticiada na segunda-feira pelo jornal angolano Expansão, o Conselho de Administração nomeou o administrador Victor Cardoso como presidente da Comissão Executiva, decisão pendente ainda da aprovação do Banco Nacional de Angola.

Victor Cardoso "dispõe de um sólido currículo académico e um percurso profissional notável no sistema financeiro, tendo desempenhado ao longo de vários anos as funções de administrador de diversas instituições financeiras em Angola e no exterior, estando as suas aptidões e experiência perfeitamente adequadas para a nova função", disse o Banco Económico (BE), no mesmo comunicado.

Jorge Ramos foi reconduzido como administrador executivo e membro do Conselho de Administração do BE, que destaca o seu "percurso de mais de 30 anos no sistema financeiro e o seu papel preponderante na gestão" do banco.

O BE tem um curso um plano de recapitalização e reestruturação, que prevê despedimentos, e cuja continuidade está assegurada, segundo o Conselho de Administração, que pretende reafirmar o banco "como uma das principais instituições do sistema financeiro angolano".

O Conselho de Administração expressou "reconhecimento e agradecimento" a Carlos Duarte pelo "empenho e contributo no processo de reestruturação do Banco e na liderança executiva", lê-se no comunicado.

Desde outubro que o Banco Económico (ex-BESA) angolano passou a ser detido exclusivamente pelo Fundo de Capital de Risco de Subscrição Particular, integrado pelos maiores depositantes.

Esta entidade é supervisionada pela Comissão do Mercado de Capitais e integra em exclusivo os depositantes que voluntariamente aderiram à iniciativa de recapitalização.

Segundo o Expansão, são 40 os depositantes que aderiram ao acordo que permite utilizar 65% dos depósitos para recapitalizar o banco, criado na sequência da falência do Banco Espírito Santo Angola (BESA), em 2014