Luanda - A visita de João Lourenço ao Japão revelou que o governo angolano não tem visão estratégica no que tange na distribuição do bem comum. Como se justifica o MPLA ter aprovado mais de dez milhões de dólares para comprar carros de luxo para os deputados enquanto “mendiga” um camião avaliado em cinquenta mil dólares.


Fonte: Club-k.net

Consequências das ordens superiores

Estrategicamente falando é um paradoxo e coloca os “mwatas” angolanos numa posição vergonhoso, vulnerável e complexa. Sílvia Lutukuta, na fotografia que se tornou viral hoje nas redes sociais a receber a doação do governo japonês de um camião para transportar vacinas. O acto foi testemunhado por outros “alunos” de JLO ladeado pela esposa Ana dias Lourenço.


A este respeito o Club-k, fez uma investigação rápida e constatou que um camião com as condições climáticas exigidas para transportar vacinas e outros medicamentos vária de cinquenta à cem mil dólares. Nas redes sociais o pano de fundo do debate foi tentar perceber se os Ministros angolanos têm uma visão estratégica própria para os ministérios que dirigem ou o plano de acção geral vem directamente do gabinete do Presidente da República.


É oportuno destacar que a médica Sílvia Lutukuta trabalhou em Portugal e posteriormente Estados Unidos. Resta saber se a ministra apresentou outras alternativas ao chefe do executivo para se comprar este camião e se advertiu ao Presidente que este acto seria controverso tendo em conta os gastos do executivo em geral. Um comentarista nas redes sociais disse que “a ministra simplesmente obedece as "ditas" ordens superiores sem medir o impacto”.


Não seria mais económico para os cofres do estado cancelar os dez milhões de dólares canalizados para os carros de luxo e converter esta doação em seminários de capacitação para os nossos médicos no Japão ou afins?


Por outro lado, a delegação pomposa de JLO para o Japão com um contingente de mais de duzentas pessoas “esvaziou” os cofres do estado mais de dez milhões de dólares e com esta quantia compraríamos mais de cem camiões climatizados invés de colocar os africanos como “mendigos” e sem visão estratégica em benefício da população.