LUANDA — Dois sindicatos ligados ao sistema de justiça angolano ameaçam processar juízes que acusam de estar a forçar trabalhdores grevistas a assistirem a julgamentos.

Fonte: VOA

O Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Funcionários Administrativos da Procuradoria Geral da República (SINTEJA/PGR) e o Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola (SOJA) denunciam ameaças de coação e de expulsão de trabalhadores que entraram hoje no seu segundo dia de greve.

 

O secretário geral do SOJA, Joaquim de Brito Teixeira, revelou que os magistrados que ameaçam trabalhadores grevistas a assistirem julgamentos nas comarcas que registam a greve declarada pelos dois sindicatos não podem ficar impunes.

 

“Nós não estamos a cumprir uma greve ilegal, nós estamos a lutar pelos nossos direitos”, afirmou Brito Teixeira, quem acrescentouj que “aquele que declarar, exercer ou impedir a efectividade de uma greve licita por meios violentos é responsabilizado legalmente”.

 

Os sindicalistas, que cumprem o segundo dia de greve, lamentam igualmente as deslocações de funcionários dos seus pontos de trabalhos habituais para outros locais.

 

“O segundo dia da greve a nível dos tribunais foi marcado por deslocação dos funcionários para comarcas em diversos pontos do país, funcionários que foram coagidos e nós condenamos este comportamento”, concluiu aquele líder sindical..

 

Os trabalhaores reclamam o pagamento de subsídios aos oficiais de justiça, a garantia de segurança, a aprovação do regime jurídico de carreiras e a aprovação de um estatuto remuneratório da categoria.