Lisboa - O Presidente do Tribunal Supremo Joel Leonardo, reencaminhou para Casa Civil do Presidente da República, uma factura para pagamento das despesas da cerimónia de abertura do novo ano judicial, que foi adiada em última da hora por “culpa” do Chefe de Estado, João Lourenço.

Fonte: Club-k.net

Para pagamento da logística da cerimônia  cancelada 

A referida cerimónia, estava prevista para o dia 1 de março, porém, foi adiada para uma nova data a anunciar oportunamente. O evento iria acontecer no hotel continental em Luanda, seguido de um almoço para os convidados.

 

Com alguma antecedência, o Tribunal Supremo já havia pago a primeira tranche para o arrendamento do espaço como também para as refeições, e bebidas que seriam servidas.

 

A direção do Hotel entende que não tem nada a ver com o adiamento ou cancelamento, e que tendo que já tinham preparado toda a logística alimentar para os convidados, o Tribunal Supremo deve efectuar o pagamento da segunda tranche.

 

Joel Leonardo não mostrou resistência, mas por outro lado, reencaminhou a factura para a Casa Civil do Presidente da República alegando que ficou sem fundos. O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, é ao nível do gabinete presidencial, o responsável pelo acompanhamento dos órgãos judiciais. Joel Leonardo trata-lhe por “Chefe”.

 

De lembrar que na altura do cancelamento da tão aguardada cerimonia, o secretario executivo do conselho superior da magistratura judicial (CSMJ), Altino Kapalakayela, invocou razões técnicas, prometendo que em momento oportuno será anunciada a nova data.

 

Na passada quarta-feira,22, o Chefe de Estado angolano ao discursar durante a tomada de posse de novos juízes apresentou uma outra versão declarando que não houve abertura do ano judicial por ter declinado o convite.

 

“Pela primeira vez este ano falo perante juízes conselheiros dos tribunais, em virtude de ter declinado o convite para presidir à sessão solene de abertura do Ano Judicial, numa altura muito conturbada para a Justiça angolana, que teve início com denúncias públicas contra a gestão da então Veneranda Juíza Conselheira Presidente do Tribunal de Contas”, disse o líder angolano, considerando que “Apesar destes lamentáveis acontecimentos (envolvendo Exalgina Gamboa e Joel Leonardo) devemos ser honestos em reconhecer que a justiça angolana está cada vez mais dinâmica atuante e a cumprir com o seu papel que dela se espera”.