Luanda – A Procuradoria-Geral da República admite que Angola regista uma redução de casos de corrupção e desvio de fundos públicos, resultado do processo de consciencialização da gestão da “coisa pública”. As afirmações são do procurador-geral adjunto da República, João Coelho, que destaca a importância do combate ao fenómeno da corrupção na melhoria do novo ambiente de negócios.

Fonte: RFI

No discurso de tomada de posse, em Setembro do ano passado, o Presidente angolano, João Lourenço, reafirmou que o combate ao crime económico e à corrupção vai continuar a ser a principal bandeira do seu segundo mandato, para atracção de investimento estrangeiro, proporcionando um ambiente de negócios mais favorável.

 

Fazendo uma avaliação sobre a luta anti-corrupção, estabelecida há mais de quatro anos, o procurador-geral adjunto da República, João Freitas Coelho, explica que, nos últimos anos, os casos de corrupção e de desvio de fundos públicos diminuíram consideravelmente no país.

 

Para o magistrado, a mudança resulta do processo de consciencialização da gestão da “coisa pública”, levado a cabo pelos órgãos do Estado, resultando em menos casos de corrupção.

 

“Há menos casos hoje porque as pessoas ganharam consciência que mexer no erário publico não é satisfatório porque a justiça sempre vai cair em cima. Para nós, é um reconforto perceber que as pessoas já entenderam que o dinheiro público não deve ser usado para fins particulares. E cada vez mais temos tido menos processos nessa direcção. Não há reclamações que sirvam de motivo para preocupação”, estimou João Freitas, o procurador-geral adjunto de Angola.


De acordo com os últimos da PGR referentes à corrupção, Angola já recuperou mais de 5,6 mil milhões de dólares, entre 2019 e Setembro de 2022. No que diz respeito à apreensão de bens e valores, as autoridades angolanas arrecadarem cerca de 15 mil milhões de dólares, 6,8 mil milhões em Angola e o restante no exterior.