Luanda - O agente da PN Adriano Luís Miguel faltou com a verdade à opinião pública pelo seguinte: No ano de 2013 acidentei com uma viatura de marca Suzuki Jimmy em consequência de uma ultrapassagem irregular de um veículo de longo curso (camião) a um outro. A fuga para o mato foi a solução, tendo a viatura capotado.

Fonte: Club-k.net

Nessa altura, a opção foi levar o carro a uma oficina de chineses, onde começou a ser intervencionada.


A dada altura, suspendi os trabalhos por razões financeiras.


O carro nunca esteve à venda (até que na segunda metade do ano de 2020 fui contactado pelo sr.Adriano Luís Miguel, cujo pai precisava de um carro daquele modelo.


Decidimos, então, abraçar esta oportunidade de negócio, cujo acordo foi verbal na via pública no âmbito da boa-fé entre as partes.


O valor acordado são 3 milhões e 140 mil Kz, dos quais 40 mil Kz seriam para o sr Adriano na sua qualidade de mediador do referido negócio. Pedido por nós aceite.


Antes de transferir os um milhão e quinhentos, o sr Adriano e o seu pai contactaram in loco as condições em que se encontra o carro (chassi separado da estrutura do carro, faróis quebrados, sem stop, ausência de vidros, tejadilho, para-choque frontal, etc).


Não se trata de burla, tão-pouco de má-fé da nossa parte. O sr Adriano Luís Miguel estava consciente do negócio que estava a fazer.


No decurso dos trabalhos, constatou-se mais tarde, infelizmente, que, grande parte dos acessórios tinham sido roubados na oficina.


Chamado a razão, o responsável da oficina declinou qualquer responsabilidade alegando ser novo proprietário.


Nessa mesma altura, 600 mil kz dos 1 milhão e 500 já tinham sido transferidos para o novo gestor da oficina chinesa, para a retoma dos trabalhos de recuperação da mesma.


Com o remanescente começou-se a comprar os acessórios em falta. O sr. Adriano Luís Miguel acompanhou todo o processo, inclusive participou da aquisição de alguns destas peças.


Depois do primeiro tranche, os valores subsequentes foram pagos paulatinamente através do método “pingo a pingo”. Quando o sr Adriano e o seu pai estivessem desprovidos de valores, aplicávamos o nosso próprio (dinheiro) que era reembolsado assim que houvesse disponibilidade financeira do cliente.


Há testemunhas sobre o modelo de pagamento adoptado pelo cliente em causa, que de certo modo não ajudou na recuperação célere do carro.


No entanto, cai por terra a informação segundo a qual recebeu-se depois o valor em falta na totalidade – foi pingo a pingo.


Outrossim, os 3 milhões e 140 mil Kz não foram entregues de uma só vez.


Infelizmente, apesar de acompanhar todo o processo, o sr. Adriano sempre imputou a culpa a nós, quando ele tem cota parte pelo modelo de pagamento adoptado.
A dada altura, chamado à casa do sr Adriano que reclamava morosidade na entrega da viatura, recordei-lhe sobre a demora na entrega de outros valores e a falta celeridade da oficina.


Aliás, ambos (eu e o sr.Adriano) reunimos inúmeras vezes com o responsável da oficina face a esta mesma morosidade dos trabalhos.


Neste mesmo dia, para o meu espanto, o sr. Adriano uso da sua força física (corpulento), tendo retirado pela primeira vez a chave do meu carro pessoal - também um Suzuki Jimmy, quiçá, um modelo mais moderno de caixa automática.
O carro hoje motivo de discórdia é da mesma marca mais um modelo antigo e de caixa mecânica (caixa normal como como sói dizer-se).


Acto contínuo, a esposa demoveu o marido (o sr. Adriano) tendo chamado a solidariedade deste sobre a minha condição física (portador de deficiência física de nascença num dos membros inferiores).


“Marido não estás a ver a condição do sr Agostinho, ele precisa do carro para andar. Resolve o problema de outra maneira”, apelou a senhora na altura.


Há testemunha sobre este episódio (deplorável ocorrido na residência do mesmo).
Seguidamente, o sr em causa obrigou-me a assinar uma declaração de que concluiria o trabalho da viatura em uma semana, prazo estendido para mais duas semanas pelo pai do sr. Adriano, totalizando três semanas.


O incumprimento implicaria a entrega do meu próprio carro a favor do referido cliente, uma imposição feita por este na sua casa.


Como o carro representa 75% das minhas necessidades de locomoção, tudo se fez para conclusão dos trabalhos nos prazos ditados, deixando de ter qualquer efeito legal a referida declaração.


Recuperada que está a viatura (faz já muito tempo) o sr. Adriano Luís Miguel negou a viatura até ao momento devido, sobretudo, a falta de Ac.


Reunidos em minha casa, para acautelar eventual nova tentativa de retirada do carro pessoal, pedimos o bom senso do sr. Adriano e do seu pai, para que recebessem o carro sem Ac, uma vez que estamos desprovidos de recursos financeiros e o valor em causa ter sido utilizado na totalidade na aquisição dos acessórios.


O pai do sr.Adriano mostrou-se sensível ao assunto, mas prevaleceu a palavra do filho, que ameaçava retirar o meu próprio carro, desejo, este, que consumou no dia 4 de Abril do ano em curso.


O sr.em causa sempre se gabou ser (ele) quem resolve os problemas da sua família, que não sou ninguém para lhe dar trabalho. Ao que apelamos sempre o bom senso!..


Para o ser Adriano há uma única saída: reembolsar o valor.


Na indisponibilidade de recursos financeiros por enquanto, a saída passa pela revenda da viatura, ideia contestada pelo sr. Adriano, que há dois meses para cá, apresentou queixa junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC).


Prontamente respondi a notificação, mas, no entanto, o instrutor do processo pediu que se levasse a viatura à esquadra para uma análise, pois só depois tomaria uma posição.


Depois da análise minuciosa, este instrutor aconselhou que se fizessem algumas melhorias pontuais, como por exemplo, a colocar canas, palas, no sentido de se encontrar um comprador com celeridade.


O conselho foi acatado, tanto é que reportei ao investigar a realização nos próximos dias de um negócio na província do Cuanza – Norte, para a efetivação das melhorias sugeridas. Ideia encorajada pelo referido instrutor.


Aquando da audição no SIC, denunciei as ameaças do sr.Adriano em pretender retirar a minha viatura pessoal, tendo o investigador tomado boa nota. Aliás, recordei-lhe sobre o episódio ocorrido na casa do sr.Adriano.


No entanto, numa altura em que o processo corre os seus tramites, surpreendentemente o sr.Adriano Luís Miguel interpelou-me na via pública no dia 4 de Abril do ano em curso. Desci do carro. Seguidamente o sr. Adriano declarou: “vou levar o seu carro a bem ou a mal”.


Pedi que fossemos a esquadra onde decorre o processo: “Vai tu, eu respondo depois”, disse o sr. em causa.


Nessa altura, tentei aproximar-me à porta do carro. O sr. Adriano aproveitando-se do seu porte físico (gigante) projectou-me para o chão feito um objecto qualquer. Sacou da pistola. Eu e o meu filho ficamos sem qualquer hipótese de reação. Ele usou sim uma pistola e há testemunhas.

Estava acompanhado de mais três indivíduos, todos a civil. Dos três apenas um o acompanhou, tendo levado a minha viatura pessoal para parte incerta hoje há já 8 dias.


Sou um cidadão integro e sem mácula, que, exige de quem de direito justiça por agressão, uso abusivo do poder e de roubo de viatura na via pública com recurso a arma de fogo.


Esta é a sociedade que queremos construir em que um cidadão independentemente da sua posição social, usa da sua arma, machado ou o que for, para fazer justiça por mãos próprias?


O que seria de mim se não tivesse parado o carro naquele dia?
Se a moda pega!?


A minha profissão não é claramente aqui chamada, mas, sobretudo, a brutalidade usada contra a nossa pessoa por alguém que supostamente deveria ser o primeiro guardião da lei.


Cordialmente,
Agostinho Rodrigues