Lisboa - O director do Departamento Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da Procuradoria-Geral da República, Wanderley Bento Mateus, decidiu adoptar medidas destinadas a prevenir a eventuais fugas de informação de processos-crimes que correm na instituição que dirige e que migram para as redes sociais.

Fonte: Club-k.net

Sinal da internet será cortado no edifício da DNIAP  

Depois de ter sido chamado a semana passada pelas instancias máximas para analisar o referido assunto, o procurador Wanderley Bento Mateus, fez sair, nesta segunda-feira, 17, uma circular interno de numero 02/2023, - que o Club-K teve aceso - na qual enumera novo pontos que acredita serem cruciais para atenuação do fenômeno.


Como primeira medida, o procurador Wanderley Bento Mateus determinou que todos os funcionários inclusive os magistrados passarão a deixar os telemoveis na recepção. Serão proibidos – no edifício da DNIAP - a entrada de telefones smartphone, sobretudo aqueles que tem câmara de filmar e acesso a internet.


Wanderley Bento Mateus anunciou igualmente a suspensão do sinal da internet a todos os gabinetes com expceção da sala 23 e da sala onde se processa o registro informático dos processos. Advertiu também que passará a dar informação negativa ao PGR Hélder Fernando Pitta Gróz, sobre os magistrados cujos conteúdos dos processos vazarem para as redes sociais.


Segundo apurou o Club-K, esta decisão tomada pelo responsável da DNIAP, foram determinadas por dois acontecimentos que registraram recentemente, em Luanda. O primeiro foi na sequencia do processo de corrupção contra o Juiz Presidente do Tribunal Supremo Joel Leonardo, em que condicionou as buscas levadas a cabo pela PGR alegando que só permitiria que recolhessem provas no seu gabinete se lhe dessem garantias de que ninguém de fora tomaria conhecimento que ele estava a ser alvo de buscas. A PGR realizou as buscas nos gabinetes de Joel Leonardo, mas o mesmo já havia trocado os computadores do Tribunal Supremo, substituindo por novos.

O segundo o episódio deu-se depois do vazamento de dados mais avançados da mesma investigação, que se encontravam em segredo de justiça, levando com que o director do DNIAP, Wanderley Bento Mateus, fosse convocado pelos seus superiores hierárquico para prestar esclarecimentos.