Luanda – As autoridades judiciais angolanas deram conta que uma das contas do Tribunal Supremo domiciliada no banco BCI, estará a registrar movimentações a serem feitas a partir de Portugal.

Fonte: Club-k.net

Cartão Visa do Tribunal  usado pela sobrinha de Joel Leonardo 

Os movimentos segundo investigações estão a ser feitos por via de um cartão de credito emitido em nome do banco e que ficou em mãos da antiga financeira Irina Isabel Gomes Martins Apolinário, que se encontra foragida em Portugal. Extratos bancários analisados pela PGR, indicam que movimentações avultadas – feitas pelo cartão visa - estariam a ser feitas a partir da conta com n.º 1139557/10/005, que apenas, Irina Apolinário, o tio Joel Leonardo e a nova diretora financeira Fátima Mendes Ferreira controlam..

 

Irina Martins Apolinário, era a Secretaria Geral interina do Tribunal Supremo função que acumulava com a as de contabilidade e finanças.

 

Um relatório da PGR enviado ao Presidente da República, indica que para além Joel Leonardo, Irina Apolinário e outra funcionaria Fátima Mendes Ferreira, eram as únicas pessoas que assinavam pelas contas do Tribunal Supremo, onde se registraram desvios de 267 milhões das receitas do tesouro, e outras operações como a transferência de 122 milhões de kwanzas para empresas familiares (esposa e sobrinhos).

 

Uma empresa de nome ULONGUIÇO controlada por Irina Apolinário, recebeu no total, o pagamento de 34 milhões de kwanzas do Tribunal Supremo por alegados serviços de limpeza no Cofre Geral dos Tribunais (CGT), que na verdade nunca foram realizados.

 

implicada no processo NUP 9240/2023 DNIAP, que investiga o Presidente do Tribunal Supremo nos crimes de peculato, enriquecimento sem causa, e associação criminosa, Irina Martins Apolinário é detentora de uma nacionalidade portuguesa. Evadiu-se para Portugal antes de ser constituída arguida pela Procuradoria Geral da República.

 

Na qualidade de figura que coordenada “tudo” como SG do Tribunal Supremo, Irina Apolinário é por todos apontada como peça fundamental nos esquemas e pagamentos efectuados pelo Juiz Presidente Joel Leonardo que lesaram o Estado angolano em mais de 400 milhões de kwanzas.