Lisboa – A petrolífera privada angolana SOMOIL, foi recentemente alvo de refundação da sua identidade e marca resultando na alteração do nome para ETU ENERGIAS. Explicações expostas num portfólio da empresa que o Club-K teve acesso, refere que termo ETU, foi extraído de línguas bantu que significa “Nós”.

Fonte: Club-k.net

Fundada desde o ano 2000, a Somoil S.A, é a primeira petrolífera privada angolana liderada por cidadãos nacionais na sua maioria veteranos do sector dos petróleos em Angola. São geralmente apresentados como acionistas antigos colaboradores do então Presidente José Eduardo dos Santos tais como Manuel Domingos Vicente, Desidério da Graça Veríssimo e Costa, José Carlos de Castro Paiva, Syanga Samuel Abílio, Joaquim David, Aníbal Octávio Teixeira da Silva, Albina Assis Africano, Ana Paula dos Santos e José Filomeno dos Santos.

 

Alguns dos seus acionistas como é o caso de Manuel Domingos Vicente tem as suas participações encobertadas em nome de “testas de ferro” da linha de Alberto de La Vietter de Almeida e Sousa, Primeiro Presidente da SOMOIL.

 

Alberto Almeida e Sousa é quem também representava as acções da SOMOIL nas estruturas acionistas da  ACREP – Exploração Petrolífera, fundada em Setembro de 2008.

 

Nos últimos anos a empresa viveu constrangimentos por ter na sua estrutura acionista Manuel Vicente. Apesar das acções destes estarem em nome de Alberto de Almeida e Sousa, faz com que a empresa esteja a vontade de negar publicamente que o antigo patrão da Sonangol, tenha interesses, na agora, ETU ENERGIA.

 

Observadores em Luanda, suspeitam que a alteração da marca desta empresa privada, poderá ter sido uma estratégia visando “matar” o nome SOMOIL que estava bastante conotada a antigos barões da SONANGOL tais Manuel Vicente, Joaquim David, Syanga Samuel Abílio e Baptista Sumbe. Este último representado por um filho Dorival A. da Silva Sumbe.

 

De acordo com uma constatação, uma boa parte dos acionistas da SOMOIL tem igualmente interesses no Banco BAI. No passado o Banco de Poupança e Credito (BPC), concedeu à SOMOIL um financiamento no valor de USD 30 milhões. No dia 7 de outubro de 2015, o BAI, o BPC e a SOMOIL assinaram um contrato de “transmissão de divida”, em que ficou determinado que o primeiro assumiria parte da divida do terceiro no maior banco comercial e estatal de Angola.