Luanda - Aristóteles (Estagira - Macedônia, colônia grega, 384 a.C.) foi um importante filósofo grego e um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental.

Fonte: Club-k.net

Aristóteles definiu a política como a ciência que tem por objectivo a felicidade humana, tendo-a divido em Ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na Cidade-Estado ou pólis) e em Política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade colectiva).

 

Quero permitir-me concordar, em parte, com a ideia do devoto discípulo de Platão (ou não estivessem os dogmas também expostos à erosão dos tempos), definindo, por minha, a Política como a arte que consiste em servir os nossos concidadãos com amor, solidariedade e satisfação.

 

O exercício da Política deveria ser interditada a todos os que são desprovidos de valores como o amor, a decência, a nobreza, a solidariedade e a satisfação de fazer o bem, objectivando a felicidade e o bem-estar dos seus concidadãos.

 

Valores como a decência, amor, solidariedade, satisfação e nobreza parecem estar em desuso na Política angolana (e não só).

 

Há angolanos que entraram para a Política por conta do Poder Popular , imposto e sedimentado no País em 1975 até aos dias que correm.

 

Desde aquele marco que cidadãos de idoneidade ambígua tomaram de assalto a Política e nela assentaram arraiais.

 

Cidadãos que se gabam do facto de nunca terem trabalhado na vida e que a sua existência na terra só se justifica se for para servir o(s) partido(s) são, despudoradamente, alçados para cargos políticos e guindados, descarada e abusivamente, para postos-chave do aparelho do Estado.

 

Para tal basta ter o cartão do partido e defender o indefensável, em nome do partido, publicamente, onde quer que seja. Faça chuva ou faça sol. No boteco da esquina ou nos telejornais. Não importa o lugar e muito menos a hora. O mais importante é defender o partido. Nem que para tal tenha que se subverter a lógica das coisas ou ignorar os conhecimentos técnicos ou científico.

 

O “puxa-saquismo”, o “chico-espertismo” e a “lei-do-mais-vivo” comandam a política angolana. São, hoje, os valores predominantes da Política angolana.

 

Um mau cidadão não pode ser um bom político. Um mau político jamais será um bom servidor público.

 

A Política angolana está cheia de maus cidadãos. Por isso ela está descredibilizada. Na verdade, não sei se é a Política ou se são os políticos que estão descredibilizados.

No caso de serem estes últimos, urge expurgar o lumpenato que campeia no(s) partido(s) políticos angolanos. A dinâmica que se quer no País não mais se compadece com o lumpeproletarido.