Lisboa – O demitido Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas – EPAL, E.P Manuel Silva Lopes da Cruz “Sopa”, foi colocado em liberdade, na terça feira desta semana, sob Termo de Identidade e Residência (TIR) com a obrigação de se apresentar todas as sextas-feiras as autoridades.

Fonte: Club-k.net

Manuel Lopes da Cruz “Sopa”, foi detido na passada sexta-feira, 21, em Luanda depois de o Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges ter acionado o Serviço de Investigação Criminal (SIC) imputando-lhe acções de sabotagem na distribuição de agua da estação de tratamento da zona do Calumbo, deixando parte do Zango desprovida do precioso liquido. Com “Sopa”, foi igualmente detido um outro membro do CA responsável pela área de produção Alberto Miguel Manuel, e um operador do ETA Calumbo.

 

Inicialmente estavam para ser ouvidos nos escritórios do SIC na estrada de Catete, em frente ao cemitério da Santa Ana, em Luanda, porém face a dimensão do caso envolvendo alguém que desempenhava um cargo na qual foi nomeado por despacho presidencial, o assunto foi reencaminhado para Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da PGR em Luanda, onde acabaram por ser ouvidos/interrogados durante cinco horas.

 

Segundo apurou o Club-K, para além das acusações de sabotagem, está a ser imputada ao PCA demissionário, implicações de peculato consubstanciada na contratação de uma empresa conotada aos seus interesses que fazia a manutenção de algumas Estações de tratamento de Agua (ETA). Alega-se também que parte da centralidade do Kilamba está sem água por que o ex-PCA confiou os trabalhos de manutenção das bombas a sua alegada empresa privada.

 

A detenção destes altos funcionários da EPAL, esta a ser aproveitada em meios da empresa para o levantamento de acusações mutuas acerca de alegadas negociatas que aconteciam nesta instituição estatal. É citado, o caso de uma antiga administradora para a área financeira Kubikiladia Bernardete Garcia, que teria colocado maquinas de TPA da sua suposta empresa em alguns balcões da EPAL. Os clientes iam fazer os pagamentos, e os fundos eram entravam para a conta da empresa de Kubikiladia Garcia, ao invés de entrar para os cofres da empresa. Apesar deste desfalque financeiro, a senhora Kubikiladia Bernardete Garcia foi reconduzida ao cargo esta semana.


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