Luanda - Depois de o cenário já ter sucedido no ano lectivo passado – 2021-2022, em que os professores do ensino superior público paralisaram os trabalhos para exigir melhores condições laborais e aumento salarial, o mesmo volta a acontecer no presente ano curricular – 2022 -2023, depois de verem frustrados os seus objectivos no ano curricular passado, os docentes tornam a realizar igual exercício no presente ano lectivo para ver resolvida as suas preocupações por parte do Executivo angolano, liderado por João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente do MPLA e da República de Angola.

Fonte: Club-k.net

Há caminho de três meses que os docentes universitários públicos não recuam da greve iniciada em Fevereiro deste ano, convocada pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior – SINPES, e aderida a nível nacional pelos docentes, com riscos de ver o ano lectivo 2022-2023 com o fim previsto para Julho, anulado, por não cobrir parte dos conteúdos curricular do primeiro semestre e boa parte da matéria programada para o segundo semestre, pelo facto do Ministério do Ensino Superior e o das Finanças não colaborar com o SINPES na resolução dos problemas dos docentes, com as negociações suspensas por parte dos órgãos do executivo angolano no processo.


As consequências não se fazem esperar, começando pela perca de boa parte os conteúdos curriculares previstos a serem ministradas pelos docentes e apreendidas pelos estudantes, numa possível retomas das aulas universitárias no ensino estatal ainda no presente ano lectivo; as manifestações dos estudantes para o regresso às aulas; as consequências psico- emocional, moral, motivacional individual e colectivo no desempenho dos estudantes – como as frustrações, descontentamento, desconfiança e preocupação (fobia) por ansiedade, estresse, depressão, pelo pensamento da perca de sua propina pelos estudantes do turno da noite;
E, pobre aproveitamento e aprendizagem dos estudantes – principalmente – os do turno regular; entre várias outras consequências – o que resultára na má qualidade do ensino superior público no país; a violação dos direitos dos estudantes do ensino superior público de realizarem-se academicamente.


Reiterando, são graves as consequências da paralização das aulas no ensino superior público, que vão desde socais, política, intelectual, moral, académicos – com esta actitude que podemos considerar homicida contra o ensino superior público e os estudantes, perante um governo que tem dinheiro suficiente para solucionar a situação da greve dos professores no sector – com todo o dinheiro que o governo arrecada mensalmente e anualmente nos vários sectores de receitas do país - que vãos desde os serviços de identificação, as conservatórias; os serviços de impostos, as taxas de serviços, as alfandegas; nos serviços de migração, no sector transfronteiriços, na área dos transportes, no sector económico dos recursos minerais do país com maior incidência o petróleo que constitui maior percentagem do Protudo Interno Bruto – PIB do maior, e a consequentemente o sector diamantífero, entre outras fontes de rendimento que o Executivo administra.


Perante estas práticas de insensibilidade do Executivo com a educação, que podemos considerar homicida contra o ensino superior em Angola, contrariamente às promessas do Executivo angolano durante a campanha eleitoral de 2022, sobre a atenção que este sector do ensino devia ter, as organizações nacionais e internacionais dos direitos humanos deviam pronunciar-se perante a violação do direito ao ensino e aprendizagem contra os estudantes do ensino superior estatal.
Os activistas, jornalistas, artistas musicais, fazedores de opinião; instituições religiosas, autoridades e líderes religiosos, e sociedade em geral devem pronunciar-se contra a violação do ensino e aprendizagem do ensino estatal pela insensibilidade do governo em resolver o problemas dos professores no sector.


Em suma, verifica-se que há insensibilidade, negligência, desinteresse do Executivo à educação e em particular ao ensino superior em Angola, que saldam em pratica homicída do Executivo contra a Educação e o Ensino Superior no país.