Lisboa – O Serviço de Investigação Criminal (SIC) mantém nos balcões de atendimento do posto de fronteira do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME) entre a província do Cunene e a República Namíbia, um panfleto de procura ao ativista angolano Nelson Adelino Dembo.

Fonte: Club-k.net

A constatação do anuncio de procura do ativista foi denunciado pelo ativista Rafael Benguela  que ao deslocar-se neste final de semana a República da Namíbia, fez fotografia do que verificou in loco.

 

"Fui a Namibia hoje e olhem o que encontrei", escreveu Rafael Benguela, ao partilhar a fotografia em que está apontando o panfleto de perseguição a Ganster.

 

A confrontação do ativista Rafael Benguela, contrariam posições recentes do porta – voz do SIC Superintendente-Chefe de Investigação Criminal, Manuel Halaiwa que alegou a Radio VOA que a sua instituição não estaria a perseguir “Ganster”.

 

Gangsta’ , que é um ativista muito crítico do poder, está desde o dia 31 de março de 2022 sob termo de identidade e residência, medida aplicada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), após ter sido constituído arguido.

 

No dia 28 de setembro de 2022, o diretor do Gabinete de Estudos, informação e analise, sub-comissário Helder Tomé de Sousa Queiroz produziu um oficio numero 852/GEIA.SIC.MININT/02.DPOC/2022, direcionado aos órgãos centrais do regime, solicitando “orientações superiores” de como deveria actuar contra o activista.

 

Estando sob termo de identidade e com obrigações de se apresentar mensalmente ao SIC. Porém, deixou de se apresentar desde Novembro do ano passado. Numa entrevista recente à Lusa, o ativista ‘Gangsta’ , disse que “teme pela vida” e recusa cumprir o termo de identidade e residência, a medida de coação imposta pela justiça, preferindo acampar em parte incerta.


“Eu vivo sob um termo de identidade e residência, mas porquê? Porque eu falo. Foram-me imputados cinco crimes, nomeadamente associação criminosa, instigação à rebelião, instigação à desobediência civil, ultraje ao Presidente da República, mas porquê? Porque eu falo? Não, eu não concordo, já não assino mais nenhum documento de presença periódica no SIC”, atirou.

 

No dia 11 de Março, o SIC capturou duas irmãs do ativistas e levadas para interrogatório na primeira esquadra da Policia Nacional na centralidade do Kilamba. Durante ao interrogatório, de de mais de 4 horas, as duas senhoras foram questionadas sobre o paradeiro do ativista.

 

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