Lisboa – A justiça angolana não encontrou provas sobre uma eventual participação de um grupo de sete oficiais generais que foram exonerados entre Maio e Junho de 2021, no seguimento do processo 39/2021, vulgo “operação caranguejo” ou “caso Lusaty”, que julgou desvio de fundos dos cofres da Casa Militar. Tratou-se de um megaprocesso com 49 réus e 200 testemunhas.
Fonte: Club-k.net
No passado mês de fevereiro , o novo CEMGFAA general Altino Carlos José dos Santos, endereçou um oficio 839/GAB.CEMGFAA/00.03/02/2023, à Procuradoria Geral da República para saber da situação dos sete oficiais generais.
Através do oficio N268/GAB.PGR/2023, de 29 de Março do corrente ano, a PGR informou – com copia a Casa Militar do PR – que compulsados “os nossos livros de registos processuais, nada consta contra os referidos oficiais” pelo que se encontram em condições de serem reconduzidos para novas funções.
Segundo dados de documentos que o Club-K teve acesso, os oficiais inocentados neste processo do caso “Major Lusaty” são:
1- Tenente-General Luís Simão Ernesto – Ex- Secretário-geral da Casa de Militar do Presidente da República;
2 - Tenente-General Ernesto Guerra Pires “Guerrito” – Ex - Consultor do Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do PR
3 - Tenente-General Angelino Domingos Vieira – Ex - Secretário para o Pessoal e Quadros da Casa de Segurança do PR
4 - Tenente-General José Manuel Filipe Fernandes - Ex - Secretário para o Pessoal e Quadros da Casa de Segurança do PR
5 - Tenente-General João Francisco Cristóvão – Antigo diretor de gabinete do Chefe da Casa Militar
6 - Tenente-General José Barroso Nicolau - assistente principal da Secretaria para os Assuntos dos Órgãos de Inteligência e Segurança de Estado
7 - Tenente-General João Coimbra Sacalumbo - oficial da Casa Militar
O julgamento do caso Lusati foi repartido em dois grupos. O primeiro julgado em tribunal comum que condenou o referido major, e um segundo que irá decorrer no Tribunal Militar, em data desconhecida, na qual estão como arguidos altas patentes da Casa de Segurança.
Quando o Major Pedro Lusati foi preso as forças de segurança que o capturaram tentaram negociar com o mesmo persuadindo a implicar os generais Pedro Sebastiao, Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, e Luís Simão Ernesto, em troca de redução da sua pena.
